Completando 120 anos nesta terça-feira (23), o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, entrega 3,4 milhões de doses da vacina contra a covid-19 recém-produzidas para o Ministério da Saúde.
O aniversário acontece em meio à pandemia da covid-19, que o colocou sob holofotes para o Brasil. Diariamente, são produzidas um milhão de doses da vacina CoronaVac, que são posteriormente distribuídas para todo o País.
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Para manter o ritmo, trezentos funcionários atuam em turnos de 12 horas. Segundo o UOL, a equipe é dividida em quatro grupos e cada um tem folga de 36 horas para cada período trabalhado. Desse total, 150 pessoas foram contratadas em 2020.
Após ter ficado parada por três semanas, por falta de insumos, hoje a fábrica funciona 24 horas por dia. Ao terminar todo o envase da vacina contra o vírus da Influenza, causador de um tipo de gripe, o Butantan quer duplicar a produção da CoronaVac. A previsão do Instituto para que isso aconteça é entre abril e maio.
História
O surto de peste bubônica, que se propagava a partir do porto de Santos (SP), levou a administração pública estadual a criar um laboratório de produção de soro para combater a doença em 1899. Instalado na então Fazenda Butantan, na zona oeste do município de São Paulo, dirigido pelo médico cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha e então chamado Instituto Serumtherápico, o laboratório foi o embrião do Instituto Butantan.
Referência nacional, o Instituto Butantan é o principal produtor de imunobiológicos do Brasil. É responsável por grande porcentagem da produção de soros hiperimunes e grande volume da produção nacional dos antígenos vacinais que compõem as vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
Hoje, os laboratórios e fábricas do Butantan produzem 12 soros (contra o envenenamento por diversas espécies de cobras, escorpiões, aranhas e lagartas, e contra difteria, tétano, botulismo e raiva) e sete vacinas (contra raiva, HPV, Hepatite A, Hepatite B, Influenza Trivalente, H1N1 e DTPa).