A Lua terá seu ponto máximo de aproximação com a Terra, conhecido como perigeu, ficando 15% maior e 30% mais brilhante, e entrando na fase cheia entre esta segunda (26) e terça-feira (27). Às 0h33 desta terça, o Sol, de um lado da Terra, e a Lua, do lado oposto, estarão no ápice do seu alinhamento. Com isso, haverá o fenômeno 'superlua rosa'.
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Apesar do nome, a Lua não ficará, de fato, rosa. O fato é que povos nativos norte-americano a chamam assim porque é um marco da primavera no Hemisfério Norte, enquanto no Sul passamos pelo outono.
"Os nativos norte-americanos e europeus nomearam as 12 luas do ano. A de janeiro, por exemplo, é a Lua de Neve. Mas no Brasil nem temos neve. São tradições antigas que apenas reproduzimos, Lua Rosa, Lua de sangue, Lua da colheita. Lua do verme... esses nomes faziam sentido para nossos ancestrais. E agora fizemos como eles e criamos um novo nome: superlua", explicou Julio Lobo, astrônomo do Observatório Municipal de Campinas.
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A olho nu, não terá como diferenciar a superlua da Lua cheia 'comum', mas quem tiver telescópio poderá ver. "Essa história de superlua é meio factoide astronômico. Só com instrumentos, como um telescópio, ou comparando por meio de fotografias, será possível notar alguma diferença", pontuou Naelton Araújo, astrônomo do Planetário do Rio de Janeiro.
"Os astrônomos não usam a palavra superlua. Falam apenas de Lua no perigeu. Mas, principalmente com as redes sociais, esse tempo viralizou. Na verdade, foi criado por astrólogos", ressaltou Julio Lobo.
O que acontece, na realidade, é que, durante sua órbita ao redor da Terra, em formato de elipse, ela se afasta (seu ponto mais distante é conhecido como apogeu) e se aproxima (o ponto mais próximo é o perigeu) do nosso planeta.
O melhor horário para observar a Lua cheia será logo após o pôr do sol, por volta das 18h nesta segunda-feira, e próximo das 18h30 nesta terça (27). O horário exato em cada cidade pode ser consultado em plataformas de observação astronômica, como o Heavens Above.
Acompanhada da superlua rosa, um outro fenômeno também é esperado: a chuva de meteoritos Líridas, que tem esse nome por seu radiante - ponto no céu onde o parece indicar a origem dos meteoros - originar na constelação Lira, localizada no hemisfério celestial norte.
A visibilidade deve durar até o dia 30 de abril.