O que seria o dia mais feliz da vida da advogada Nathália Andrade, 34 anos, quase virou uma enorme frustração. Isso porque no último sábado (16), dia do seu casamento, a noiva tentava solicitar uma corrida pelos aplicativos Uber, 99 e Lady Drive para chegar ao casório, mas teve a solicitação cancelada por 20 vezes. Para não perder sua própria festa, a pernambucana decidiu dirigir os 25 km, no Distrito Federal.
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A cerimônia estava marcada para acontecer às 17h, na Asa Sul. No entanto, devido ao imprevisto, o casamento só começou às 18h20. O cerimônia já havia sido adiada outras três vezes devido a pandemia de covid-19.
Nathália é natural de Olinda e há 10 anos mudou-se para Brasília, onde conheceu o marido Felipe. A noiva e as pessoas que estavam envolvidas na organização do casamento tentaram pedir o transporte para ela, mas chovia muito e as tentativas acabaram sem sucesso. “A única coisa que a cerimonialista me pediu era que não atrasasse o horário da cerimônia. Só que quando deu o horário começamos a saga dos aplicativos e nada”, relata a noiva.
Duas madrinhas acompanhavam a pernambucana, mas por serem do Recife não conheciam a cidade. Foi então que a noiva decidiu dirigir o próprio carro para chegar a tempo de se casar. “Foi um misto de raiva e euforia. O maquiador e o cabeleireiro me ajudaram a entrar no carro, mas eu fui dirigindo mesmo toda pronta. Estavam todos preocupados comigo porque eu estou gestante também”, relata a noiva.
“Quando o manobrista me viu ele perguntou: ‘Moça, você está maluca?'. E eu respondi: Moço, eu pelo amor de Deus eu só quero casar, me ajude!”, disse Nathália. A surpresa de ver a noiva chegando ao casamento dirigindo o próprio carro também surpreendeu os convidados. Nathália relata que seu pai logo indagou: “Que maluquice foi essa?”. “Depois da cerimônia meu esposo me falou que achava que tinha acontecido alguma coisa comigo em relação ao bebê”, afirmou a advogada.
“No fim tudo deu certo, graças a Deus. Agora essa história rende muita risada, mas depois de muita emoção eu consegui contar para todo mundo”, concluiu Nathália aos risos.
Ao JC a 99 disse que os motoristas são "parceiros autônomos" e que, assim como os passageiros, podem rejeitar corridas. "A recusa da corrida, antes mesmo que sejam efetivamente confirmadas para os passageiros em seus apps, evita que os usuários sejam impactados com altas taxas de cancelamento ao procurar por uma viagem e oferece transparência, evitando tempo de espera para embarques", afirmou a empresa em nota.
A reportagem entrou em contato com a Uber mas não obteve resposta até o momento.