INVESTIGAÇÃO

Polícia Federal abre inquérito sobre ataque hacker ao Ministério da Saúde

A invasão aconteceu na madrugada desta sexta-feira (10) e tirou do ar dados de vacinação contra a covid-19 de usuários que acessam a plataforma ConecteSUS

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10/12/2021 às 18:12 | Atualizado em 10/12/2021 às 18:14
Mensagem deixada pelos hackers nas páginas do Ministério da Saúde - REPRODUÇÃO

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde. A invasão aconteceu na madrugada desta sexta-feira (10) e tirou do ar dados de vacinação contra a covid-19 de usuários que acessam a plataforma ConecteSUS. Plataformas como o e-SUS Notifica e o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) também foram atingidas.

A PF informou, em nota, que uma equipe do Núcleo de Operações de Inteligência Cibernética começou as primeiras perícias e constatou que os bancos de dados não chegaram a ser criptografados pelos hackers.

Segundo a corporação, os responsáveis poderão ser enquadrados pelos crimes de invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço informático, telemático ou de informação de utilidade pública e associação criminosa. Um grupo identificado como Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque cibernético.

Ao tentar acessar o portal da pasta na madrugada, os usuários encontraram o recado: "Os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB (Terabyte) de dados está (sic) em nossas mãos." No topo da página, havia um aviso de "ransomware" (software intencionalmente feito para causar danos a um servidor). Ou seja, está tendo a restrição do acesso ao sistema, infectado com uma espécie de bloqueio. Além disso, os responsáveis pediam para que fosse feito um contato através de uma conta do Telegram ou e-mail, "caso queiram o retorno dos dados".

Por causa do ataque hacker, as novas regras sanitárias para entrada no País por via aérea, que passariam a valer neste sábado (11) serão postergadas por sete dias e terão validade só a partir do próximo sábado, informou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

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