Equipamento reforça ações contra desastres naturais

Aparelhos para medir quantidade de chuvas serão instalados em cidades para cidades para evitar tragédias em áreas de risco
Do JC Online
Publicado em 16/10/2013 às 6:05


Com a intenção de prevenir e alertar comunidades do Estado sobre mudanças climáticas e possíveis desastres naturais, como deslizamentos de barreiras e alagamentos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) doou pluviômetros semiautomáticos para medir a quantidade de chuva em vários pontos das cidades. Recife ganhará 24 equipamentos, que, somados aos 11 já existentes na Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), formarão uma rede para alertar moradores das áreas de risco.

Técnicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao MCTI e responsável pelo projeto dos pluviômetros nas comunidades, apresentaram nesta terça-feira (15) noções básicas para a instalação do pluviômetro e sobre a mobilização comunitária. O encontro reuniu representantes da Defesa Civil estadual e dos municípios de Recife, Barreiros, Igarassu, Cortês e Vitória de Santo Antão, e algumas lideranças comunitárias.

De acordo com Maria Rita Souza Fonseca, pesquisadora do Cemaden, o monitoramento da peça é feito através de um visor que mostra o acumulado de chuva. “Mas é necessário a leitura dos dados pelos usuários, por isso precisamos envolver representantes de comunidades, escolas e defesas civis”, explica. Os pluviômetros são instalados em locais pré-definidos pelas defesas civis dos municípios.

Na capital pernambucana, segundo o gerente de engenharia da Secretaria-executiva de Defesa Civil do Recife, Edgard Pessoa de Melo, serão instalados, ainda esta semana, equipamentos nos bairros do Morro da Conceição, Alto José Bonifácio e Campina do Barreto, na Zona Norte, e Ibura, na Zona Sul. “Precisamos de ferramentas que regionalizem os índices de chuva das cidades e com os pluviômetros vamos ampliar a rede de monitoramento, tanto nos morros, com os deslizamentos, quanto na planície, com os alagamentos”, explica Edgard Pessoa de Melo.

No site do Cemaden (http://www.cemaden.gov.br/) é possível cadastrar o município que tem interesse em receber os equipamentos. “O projeto tem uma função educativa de desenvolver a percepção de risco nas comunidades que vivem em áreas de perigo. Não visa o monitoramento em tempo real para o envio de alertas, porém os pluviômetros semiautomáticos podem contribuir no monitoramento, a partir do momento que a comunidade informar os dados às defesas civis locais durante períodos chuvosos”, explica a responsável pelo projeto, Silvia Saito.

“Prevenir é muito mais barato do que reverter os efeitos dos desastres e nosso trabalho é, justamente, estimular a cultura da prevenção dos desastres. As comunidades passam a desempenhar o papel de protagonistas na gestão de riscos e não meros coadjuvantes”, acrescenta Maria Rita Fonseca.

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