Plano para salvar matas nativas do Brasil

Até 9 de agosto, cidadãos e instituições podem enviar sugestões para o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa
Claudia Parente
Publicado em 19/07/2015 às 8:02
Até 9 de agosto, cidadãos e instituições podem enviar sugestões para o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa Foto: Uma das estratégias previstas é plantar mudas de espécies nativas


Qualquer cidadão ou instituição que queira ajudar a salvar as matas nativas do Brasil pode enviar sugestões até o dia 9 de agosto para o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O projeto inicial, com mais de 80 páginas, prevê o fortalecimento de políticas públicas e a aplicação de boas práticas agropecuárias para a regeneração de 12,5 milhões de hectares em todo o País num espaço de 20 anos. As prioridades são as áreas de proteção permanente, reservas legais e os territórios degradados, com baixa produtividade. O projeto final deve ser divulgado em setembro.

O Planaveg foi montado sobre oito eixos: sensibilização da sociedade; aumento da quantidade e qualidade de sementes e mudas; fomento a mercados de produtos e serviços gerados de áreas em recuperação; alinhamento e integração de políticas públicas; desenvolvimento de mecanismos financeiros; expansão de assistência técnica e extensão rural; planejamento e monitoramento espacial e pesquisa, desenvolvimento e inovação.

De acordo com diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Alberto Scaramuzza, a população pode sugerir qualquer atividade a partir dessas estratégias. “Até mesmo questionar se os custos foram superestimados ou indicar uma ação que não foi prevista para alcançar o objetivo”, explica, acrescentando que o ministério já recebeu 60 sugestões. “Estamos organizando e classificando as que merecem maior análise. A partir de 9 de agosto, começamos a processá-las para montar a versão definitiva.”

A caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, deverá se beneficiar do projeto porque o ministério avalia que sua recuperação não é tão dispendiosa quanto a de outros ecossistemas. “Na caatinga, a vegetação não foi substituída por pastagem. Há mais plantio de roças. Então, é possível cercar a área para afastar animais e esperar que a natureza faça a restauração natural”, acredita o diretor. Lembrando que há uma demanda muito grande por lenha no semiárido, Scaramuzza argumenta que dá para gerar renda, produzindo e utilizando biomassa (fonte de energia renovável, extraída de materiais orgânicos).

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