Estado publica decreto para proteção dos macacos-guaribas

Os macacos-guaribas vivem em áreas remanescentes de mata atlântica em Água Preta, no interior de Pernambuco
Da Editoria Cidades
Publicado em 18/05/2017 às 11:02
Os macacos-guaribas vivem em áreas remanescentes de mata atlântica em Água Preta, no interior de Pernambuco Foto: Foto: Juliane Silva/Cortesia


Decreto para proteger os últimos macacos-guaribas-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) que habitam os remanescentes de mata atlântica do município de Água Preta, Zona da Mata Sul de Pernambuco, foi assinado pelo governador Paulo Câmara esta semana. O documento de nº 44.444, publicado no Diário Oficial do Estado de quarta-feira (17/05), estabelece limites administrativos provisórios para salvaguardar a área de ocorrência dos macacos-guaribas.

As ações de planejamento e reforço da fiscalização e do monitoramento da área estabelecida pelo decreto, onde vivem cerca de 14 macacos-guaribas, foram discutidas terça-feira (16/05) entre o secretário Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier; o secretário-executivo da pasta, Carlos Cavalcanti; e o atual comandante da Companhia de Policia de Meio Ambiente (Cipoma), Wolney Pereira.

Segundo o secretário Sérgio Xavier, “a proteção da área de ocorrência prevista na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) é de fundamental importância até que a Semas e a CPRH, com o apoio da academia, realizem os levantamentos técnicos e científicos sobre o primata e o seu habitat, que fundamentem a criação de uma unidade de conservação."

Proposta contendo metas e ações voltadas para a fiscalização, o combate ao desmatamento e à caça, além de atividades de educação ambiental, restauração florestal e pesquisas científicas, foi elaborado pelo Grupo de Trabalho Guariba, criado em novembro de 2016 pela Resolução nº 05/2016 do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema-PE).

AMEAÇAS

O objetivo é proteger os últimos macacos-guaribas identificados pela pesquisadora Julianne Moura, na dissertação de mestrado realizada em 2015 no remanescente florestal do Engenho Sacramento, com orientação de Bruna Bezerra, da Universidade Federal de Pernambuco, e co-orientação de Maria Adélia Oliveira, da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

De acordo com o estudo de Julianne Moura, a área onde vivem os macacos-guaribas sofre com a expansão da agricultura (cana-de-açúcar e policultura), a caça e frequentes queimadas. O Aloutta belzebul está na Lista Nacional da Fauna Ameaçada (de extinção) do Ministério do Meio Ambiente.

TAGS
macaco guariba Água Preta proteção Pernambuco animal em extinção
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory