Após realização de uma assembleia na manhã desta sexta-feira (28), os professores da Universidade de Pernambuco decretaram a greve geral da categoria. A decisão, aprovada de maneira unânime pelos mais de 80 docentes que compareceram à assembleia, vale para todos os campi da instituição.
Entre os principais motivos para a decisão da categoria estão a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, a antiga PEC 241, que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, e a PEC 746, que trata da reforma no Ensino Médio. As duas pautas estão alinhadas com as reinvidicações do movimento estudantil, responsáveis pelas ocupações em diversas instituições de ensino no Brasil.
Os professores da UPE também reinvindicam a reposição de perdas salariais, acumuladas em 20,18%, e que seja adotado na instituição o regime de dedicação exclusiva, uma pauta acordada com o governo desde março deste ano.
Na assembleia, a categoria também decidiu aderir ao movimento nacional de paralisação, convocado pelas centrais nacionais de todo o País para o dia 11 de novembro. Na mesma data, será realizada uma nova assembleia para avaliação do movimento.
No dia 21 de outubro, um grupo de alunos ocupa o prédio da reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE), no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Os manifestantes se mobilizam contra a PEC 241, que estabelece um teto para os gastos do Governo Federal, inclusive a respeito da educação. A ocupação na reitoria da UPE se encerrou na última quinta-feira (27).
De acordo com balanço divulgado pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), mais de mil escolas e outros espaços estão ocupados em todo país pelos estudantes. Em Pernambuco, centros da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) também estão ocupados pelos estudantes.