Corrigindo resposta encaminhada pela Polícia Militar ao Jornal do Commercio, na última segunda-feira (13), o comandante da corporação, Paulo Cabral, mandou nova nota informando que "determinou ao comando do 19º BPM a apuração sumária sobre a possível participação de PMs" no serviço de segurança privada na Barraca do Pezão, na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A informação foi dada pelo proprietário do negócio, o empresário Carlos Vasconcelos, que também encaminhou comunicado, contestando ter feito a declaração, publicada no dia 12 passado.
"...Houve, sim, há cerca de três anos, na época de instalação do estabelecimento, um pedido ao Policiamento Militar de Pernambuco, através do Gati, de uma fiscalização preventiva do local, sabidamente abandonado e frequentemente ocupado por delinquentes que se utilizavam do espaço para consumo de drogas e pequenos furtos... havendo a Barraca do Pezão sido vítima de várias investidas criminosas no início de suas atividade", diz a nota do comerciante.
O empresário também nega arrendar áreas na praia. "Há, na verdade, um trabalho de parceria entre os comerciantes, que passaram a herdar, voluntariamente, o excesso de demanda da Barraca do Pezão, colhendo, naturalmente, os frutos de tal oportunidade", afirma.
Diz ainda que a venda de champanhe em garrafa de vidro (o que é proibido), "é de conhecimento público, sem nunca ter sido notificado por isso e, caso o fosse, se readequaria no mesmo momento". E que ajuda o meio ambiente, limpando o local e economizando água, pois dispõe do único chuveiro da orla com sensor de liga/desliga.
Segundo Pezão, a barraca é legalizada, recolhe impostos, possui funcionários com carteira assinada e "respeita toda e qualquer orientação do poder público, mas sempre atento a eventuais abusos quanto às limitações impostas ao seu direito de livre trabalho". Ele nega possuir dois imóveis no bairro, como também o fato de ter um caminhão apreendido, segundo informou a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) ao JC.