Manifestantes continuam a protestar contra as obras no Cais José Estelita. Mais cedo, nesta terça-feira (17), um engenheiro da empresa Queiroz Galvão foi ao local isolar a área com tapumes. A Polícia Federal (PF) foi acionada e o engenheiro foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o trabalho que estava fazendo lá. Por conta do embargo na obra, nenhum tipo de construção ou benfeitoria pode ser feita no local. A PF espera o advogado do engenheiro para que ele comece a depor.
Alguns dos manifestantes que seguem no Cais José Estelita cobrem o rosto. Eles tentaram fechar a via duas vezes, mas houve negociação e eles desistiram. A primeira vez foi próximo ao portão de acesso, e a segunda próximo ao semáforo. Agora, o grupo ocupa duas faixas da via, deixando o trânsito lento na área.
A Polícia Militar não registrou nenhuma prisão durante a tarde. A PM foi acionada na madrugada desta terça para fazer a reintegração de posse dos galpões. Durante a ação, três pessoas ficaram feridas e quatro foram detidas. Os detidos foram o argentino intercambista, estudante de economia da UFPE, Milton Petrucsok, 22 anos, o peruano Lybrian Shiozawa Gill, 26, Jordi Ricardo Souza e arquiteta Cristina Gouvêa, 33 anos. Os quatro já foram liberados.
Os feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Entre eles, um homem não identificado foi encaminhado à UPA da Imbiribeira. André Luiz Medeiros, 18, e Lis Granjeiro, de 20 anos, foram levados ao Hospital Tricentenário, em Olinda. De acordo com a assessoria da unidade de saúde, André chegou com ferimentos provocados por uso de gás lacrimogêneo e estilhaços. Os médicos fizeram curativos e ele foi liberado. Ainda de acordo com o hosptial, Lis Granjeiro chegou desarcodada ao local por causa do efeito do gás. Ela foi medicada e está consciente.