Prédios abandonados na Avenida Mário Melo saem de cena para dar espaço a megaprojeto de igreja

Antigas construções estão sendo demolidas para a construção de um templo da Assembleia de Deus
Da editoria de Cidades
Publicado em 12/07/2014 às 11:33
Antigas construções estão sendo demolidas para a construção de um templo da Assembleia de Deus Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Aos poucos, o bairro de Santo Amaro, área central do Recife, vai ganhando novas formas. Na quadra situada entre a Avenida Mário Melo e as Ruas São Geraldo, Rocha Pitta e da Fundição, antigos galpões estão sendo demolidos para a construção de um templo da Assembleia de Deus de 32,2 mil metros quadrados (m²). Perto dali, na esquina das Avenidas Mário Melo e Cabugá, será erguido um edifício-garagem-hotel com 17 pavimentos e área de 14,5 mil m². Os investimentos são estimados em R$ 300 milhões.

Não há data certa para o início das obras, mas a estimativa é que o complexo esteja pronto em 2018. Com cinco pavimentos, o templo terá capacidade para receber de 24 a 27 mil pessoas. No outro prédio, 12 dos 17 pavimentos serão estacionamento, aberto para uso da população em geral. Nos outros andares funcionarão suítes para hospedagem de membros da igreja e refeitórios.

O projeto foi aprovado no Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) em fevereiro do ano passado, com 15 votos a favor e seis contra. O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), um dos que se posicionaram contra, registrou sua preocupação com o impacto no trânsito e transporte local. "O memorial de impacto foi feito e aprovado", afirmou Emília Avelino, assessora da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife. "O projeto recebeu a licença de demolição e o próximo passo é a licença de construção".

Para a construção do templo, 15 imóveis estão sendo demolidos. Cinco galpões que ainda não foram abaixo são usados, provisoriamente, como estacionamento. Antes de começar a obra, a Assembleia de Deus precisará assinar um termo de compromisso com uma série de ações mitigadoras. Uma delas é custear a elaboração d e um plano de circulação para Santo Amaro.

Também terá de abrir a Rua da Fundição até a Avenida Norte, requalificar praças, calçadas e dar solução para os pequenos comerciantes que prestam serviço aos usuários do templo, hoje em funcionamento na esquina das Avenidas Cabugá e Mário Melo.

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