O secretário executivo de Ressocialização, coronel reformado da PM Eden Vespaziano, falou quarta-feira (21) pela primeira vez com a imprensa desde que foi deflagrada a rebelião no Complexo do Curado, na última segunda. Ele prometeu manter diálogo com os detentos e continuar as vistorias no sistema prisional. “Estive esses dois dias dentro das unidades conversando com agentes e com os presos. Estou há 10 dias na secretaria, dois deles dentro da crise”, afirmou.
A declaração do secretário traduz as dificuldades que ele encontrará na Ressocialização. Apesar da gestão Paulo Câmara ainda não ter completado o primeiro mês, Vespaziano é o segundo secretário a ocupar a pasta. O primeiro, o juiz aposentado Humberto Inojosa, havia sido nomeado no final da gestão passada e desistiu de continuar no cargo. “A proposta, quando assumi a secretaria, era humanizar o sistema. Não há humanização sem diálogo. Vamos conversar e colocar nossas propostas”, diz o coronel reformado.
Vespaziano reconheceu que, apesar das recentes vistorias, ainda é grande o número de armas brancas no interior dos três presídios que formam o complexo e em outras unidades do sistema. “Infelizmente isso é algo que acontecia e ainda acontece. Várias revistas já foram feitas desde que assumi a secretaria. Já retiramos muita coisa, mas ainda restam algumas. Iremos continuar as revistas”, garante.