A Delegacia de Garanhuns, no Agreste pernambucano, está, desde a última terça-feira (1º), com as suas portas fechadas durante o período de plantão (à noite, nos finais de semana e durante os feriados). A partir de agora, as ocorrências ficarão com a Delegacia de Caruaru. A principal justificativa dada pelos profissionais é a recusa em trabalhar no Programa da Jornada Extra de Segurança (Pjes), um mecanismo do Governo do Estado dentro do programa Pacto pela Vida.
Em casos de homicídio ou acidentes com vítimas fatais, a liberação do corpo será realizada pela Delegacia de Plantão de Caruaru, que já tem dificuldade em atender à demanda local. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, resumiu o que acontece em Garanhuns. "Os policiais não querem mais trabalhar nessas condições", lamenta.
Enquanto isso, a Delegacia Regional de Garanhuns segue fechada e sem previsão de reabertura.
De acordo com a Polícia Civil, um plano operacional com portaria específica do Chefe de Polícia para casos emergenciais está em prática desde o final de semana conforme a necessidade e de forma que possa atender a sociedade. No Agreste, os plantões funcionam a partir desta segunda-feira (6) em Garanhuns. Outras cidades com plantões são: Vitória de Santo Antão, Belo Jardim, Limoeiro, Garanhuns e Caruaru, absorvendo os demais plantões da área e em caráter temporário.
Sobre o déficit no número de policiais, a Polícia Civil já tem um concurso autorizado para 650 profissionais (entre delegados, agentes e escrivães) dentro da realidade que o Estado permite para reduzir o problema.