A paralisação de 24 horas da Polícia Civil também afetou o funcionamento das delegacias do interior de Pernambuco, nesta quarta-feira (8). Com a mobilização, que reivindica melhores salários e instalações de trabalho, além da revisão do plano de cargos e carreiras, apenas os atendimentos de flagrantes estão em funcionamento.
No município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, um grupo de policiais protestaram em frente ao Instituto Médico Legal, no bairro de Ouro Preto. Assim como a situação do IML do Recife, o Instituto da cidade é precária e já foi denunciada junto ao Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Vigilância Sanitária e Ministério Público. Os serviços realizado nas delegacias e no IML estão suspensos.
O não funcionamento das delegacias prejudica a população. No município de João Alfredo, Agreste de Pernambuco, um comerciante de 64 anos levou dois tiros durante uma tentativa de assalto, mas, apesar de ter as lesões reconhecidas pela Polícia Militar, não conseguiu prestar boletim de ocorrência na delegacia do município. A vítima deve procurar a Delegacia Regional de Limoeiro.
De acordo com o Sinpol-PE, está é a quarta paralisação realizada desde junho para cobrar isonomia da gratificação com os delegados (de 100% para 225% sobre o salário), melhores condições de trabalho no IML e delegacias, a inclusão dos peritos papiloscopistas no Quadro Técnico Policial, a reposição inflacionária para o ano base de 2015, além da modificação no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).