O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano, está sendo investigado por improbidade administrativa devido a demolição de um pontilhão da linha férrea que fazia parte do conjunto arquitetônico do município, do Agreste de Pernambuco. Está sendo analisado, no inquérito aberto pela procuradora da República Natália Soares, se o político deve ser punido pela ação.
Tombado, o pontilhão pertencia ao Patrimônio Cultural da União e do Estado. Com a retirada do pontilhão, a prefeitura abriu um vão com cerca de 30 metros de largura, para aumentar a fluidez do trânsito. A ideia é facilitar a ligação entre as Ruas Amaury de Medeiros e Vereador Elias Torres. "Não tínhamos conhecimento de que era uma obra tombada. Desconhecemos de alguém que tenha tirado uma foto lá, era simplesmente um pontilhão. Mas é um direito do ministério público entrar com a ação", defende o secretário de Comunicação da prefeitura, Claudio Castanha. Tanto a Fundarpe quanto o Iphan informam que a prefeitura não tinha autorização para demolir o pontilhão.
A obra teve início no dia 21 de maio e deveria ser concluído dia 27 deste mês, com custo de R$ 147.936,02, da prefeitura. Mas foi embargada no dia 22 de maio pela Fundarpe, Iphan, Dnit, Ministério Público Federal e Ministério Público de Pernambuco. Após intervenção do Ministério Público, os trabalhos que estavam sendo realizados no local foram paralisados.