Reunião do CDU foi adiada a pedido do Consórcio Novo Recife

Prefeitura anunciou o cancelamento do encontro mais cedo, sem dar detalhes. Consórcio quer esperar até que a investigação da PF tenha desfecho
Do JC Online
Publicado em 01/10/2015 às 12:06
Prefeitura anunciou o cancelamento do encontro mais cedo, sem dar detalhes. Consórcio quer esperar até que a investigação da PF tenha desfecho Foto: Foto: JC Imagem


O Consórcio Novo Recife, que venceu o leilão investigado pela Polícia Federal sob suspeita de fraude, foi quem solicitou o cancelamento da reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), que aconteceria nesta sexta-feira (02/10) para discutir e talvez aprovar as mudanças realizadas no projeto de edificação Novo Recife previsto para o Cais José Estelita. A notícia do adiamento foi divulgada mais cedo pela Prefeitura do Recife, sem dar qualquer detalhe. Na nota curtíssima, enviada pela assessoria de imprensa da gestão municipal, era dito apenas que a reunião tinha sido adiada. Nem informava a razão do adiamento, muito menos a nova data prevista para o encontro.

Também por nota, o Consórcio Novo Recife foi menos econômico nas palavras. Explicou que a direção do consórcio solicitou o adiamento ao secretário de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife, Joao Braga, "até que os fatos ocorridos na última quarta-feira (30)  - numa referência à investigação da Polícia Federal - sejam totalmente esclarecidos." A direção ressaltou, mais uma vez, a lisura do processo do leilão de venda do terreno no Cais José Estelita e que está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento.

O adiamento ocorreu após a Polícia Federal confirmar que o leilão do terreno do Cais José Estelita, área central da capital pernambucana e que dará lugar ao Projeto Novo Recife, foi fraudado em 2008. A confirmação foi realizada, na manhã dessa quarta (30), após a instituição deflagrar a operação Lance Final, que investiga o caso.

No alvo da investigação estão o Consórcio Novo Recife, vencedor do certame, e a Milan Leilões, sediada em São Paulo e contratada pela Caixa Econômica Federal (CEF) para realizar o leilão. A CEF, a princípio, não foi alvo da Operação Lance Final, deflagrada para apreender provas na sede das empresas envolvidas, mas também será investigada no decorrer do inquérito federal.

 

 

 

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