MPPE recomenda escoramento emergencial na Igreja do Bonfim

O forro da nave do templo católico, no Sítio Histórico de Olinda, apresenta risco de desabamento. Ação será executada pela arquidiocese
Da Editoria Cidades
Publicado em 04/12/2015 às 8:08
Foto: Foto: Ashlley Melo/JC Imagem


A Arquidiocese de Olinda e Recife terá de fazer o escoramento temporário do estuque da nave central da Igreja do Bonfim, na Cidade Alta de Olinda, para evitar o desabamento do forro. Recomendado pelo Ministério Público de Pernambuco, o trabalho deve começar na próxima semana. O prédio está interditado desde fevereiro de 2012, por causa de rachaduras na torre sineira.

“Recebemos prazo de 15 dias para iniciar o serviço”, afirma Telma Liege, coordenadora da Comissão de Conservação e Restauro da Arquidiocese, em vistoria realizada no templo católico. Além de cobrar medidas emergenciais para proteger o forro, o Ministério Público solicitou limpeza periódica no prédio e a substituição e conservação das telhas, para eliminar infiltração de água de chuva.

De acordo com o engenheiro Frederico Almeida, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco, a medida é necessária porque a obra de restauração da igreja, orçada em quase R$ 2 milhões, só está prevista para começar nos próximos 90 dias. O projeto de recuperação do imóvel, diz ele, está pronto e aprovado.

Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
A Igreja do Bonfim, no Sítio Histórico de Olinda (PE), está interditada desde fevereiro de 2012 - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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A Igreja do Bonfim, no Sítio Histórico de Olinda (PE), está interditada desde fevereiro de 2012 - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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MPPE recomenda escoramento emergencial do forro da nave da Igreja do Bonfim - Cidade Alta de Olinda - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Forro da capela-mor da Igreja do Bonfim, no Sítio Histórico de Olinda, desabou parcialmente - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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MPPE recomenda escoramento emergencial do forro da nave da Igreja do Bonfim - Cidade Alta de Olinda - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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MPPE recomenda escoramento emergencial do forro da nave da Igreja do Bonfim - Cidade Alta de Olinda - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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A Igreja do Bonfim foi erguida no século 18, na Cidade Alta de Olinda. Prédio atual é do século 19 - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Forro da nave da Igreja do Bonfim, na Cidade Alta de Olinda, está amarrado ao telhado por fios - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem

 

“Falta assinar o termo de compromisso para liberar os recursos, do PAC Cidades Históricas, e abrir o processo de licitação, que será conduzido pela Prefeitura de Olinda”, diz Frederico Almeida. O forro da nave da igreja apresenta fissuras, cedeu e está preso por fios na estrutura do telhado. A amarração, avisa o mestre carpinteiro José Arruda, contratado para fazer o escoramento emergencial, não impede o forro de cair.

Depois de olhar a situação da igreja, ele também sugeriu uma proteção provisória para o forro da capela-mor, que desabou parcialmente sobre o altar, deixando as telhas expostas. O serviço não é contemplado no documento.

O Ministério Público também cobrou da arquidiocese a regularização do esqueleto encontrado exposto na igreja. “Achamos as ossadas, registramos um Boletim de Ocorrência na delegacia e fomos orientados a não tocar nos ossos, até a perícia do Instituto de Criminalística”, pondera frei Rinaldo Pereira, diretor da Comissão de Intervenção nas Irmandades Católicas da Arquidiocese de Olinda e Recife.

A verba do PAC, informa Frederico Almeida, é suficiente para a restauração completa do templo, incluindo as imagens de santos e demais acervo artístico. O assunto foi discutido em audiência dia 19 de novembro de 2015, entre o Ministério Público, a arquidiocese e o Iphan. A Igreja do Bonfim, no Sítio Histórico tombado pela Unesco, existe desde 1757, porém o prédio atual é uma construção mais nova, de 1919.

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