Psicóloga abre biblioteca comunitária no Ibura

A festa do Natal tem o dom de despertar o espírito de solidariedade entre as pessoas. E isso é bom. Mas tem gente que ajuda a quem precisa o ano inteiro. E isso é melhor ainda. Neste domingo (20) o Jornal do Commercio publica a história de cinco personagens que aprenderam a se colocar no lugar do outro, independentemente de datas festivas. Na segunda reportagem, conheça Graça Melo, a psicóloga que abriu uma biblioteca comunitária no Ibura. Leia também as histórias de Albanita Aguiar, Maria da Paz Azevedo, Raquel Flinker e Samuel Wyatt Wells
Cleide Alves
Publicado em 20/12/2015 às 8:09
A festa do Natal tem o dom de despertar o espírito de solidariedade entre as pessoas. E isso é bom. Mas tem gente que ajuda a quem precisa o ano inteiro. E isso é melhor ainda. Neste domingo (20) o Jornal do Commercio publica a história de cinco personagens que aprenderam a se colocar no lugar do outro, independentemente de datas festivas. Na segunda reportagem, conheça Graça Melo, a psicóloga que abriu uma biblioteca comunitária no Ibura. Leia também as histórias de Albanita Aguiar, Maria da Paz Azevedo, Raquel Flinker e Samuel Wyatt Wells Foto: Foto: Edmar Melo/JC Imagem


Em janeiro de 2015, a psicóloga Graça Melo, 55 anos, tirou o carro da garagem de casa e transformou o lugar numa biblioteca comunitária. As estantes cheias de livro estão disponíveis a todos os moradores da UR-3, no Ibura, Zona Sul do Recife, e das comunidades vizinhas. E faz parte de um projeto maior: a implantação de um centro social, com mais atividades gratuitas para a população carente.

“Morei no Ibura por muito tempo, fiquei 13 anos fora do bairro e voltei com a ideia de um trabalho social para crianças e adolescentes. Queria oferecer a eles a oportunidade que eu e meus irmãos não tivemos”, declara. O espaço, batizado Iburoteca Maria de Lima, não abre apenas para o empréstimo de livros. Também são oferecidas aulas gratuitas de português, matemática e inglês, voltadas para concursos e vestibulares.

Os professores são moradores do bairro, que lecionam na rede pública de ensino e atuam como voluntários na Iburoteca, a biblioteca do Ibura. “O único compromisso que a gente pede aos jovens é ler um livro por mês.” Graça tem apoio da vizinhança para tocar o projeto. “Esse é o lado bom, as pessoas estão se engajando, é uma grande conquista. A ideia é minha, mas não se faz nada sozinho”, diz.

O local também vem sendo usado para palestras, lançamento de livros e outras atividades. “Podemos oferecer cursos de doces e salgados, para atrair os pais desses jovens, a biblioteca é a gente que faz”, afirma. A Iburoteca recebeu o nome da mãe de Graça, Maria de Lima, que começou a estudar aos 65 anos de idade. O acervo foi construído a partir de doações.

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