As 11 praias do arquipelágo de Fernando de Noronha receberão mais placas alertando sobre o risco de ocorrerem acidentes naturais. Há a possibilidade dessas placas conterem a figura de um tubarão, semelhante às que existem na orla do Recife e Região Metropolitana. Atualmente, o material informativo existente na ilha não detalha que tipo de perigo turistas e moradores estão expostos. A proposta é alertar, por exemplo, para correntezas fortes e trechos com possibilidade de quedas repentinas. No último dia 21 de dezembro o paranaense Márcio de Castro, 32 anos, foi atacado por um tubarão na Baía do Sueste e perdeu uma mão e parte de um braço.
A sugestão de incrementar as placas é do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), que na manhã desta quarta-feira apresentou a conclusão do trabalho que foi feito após o ataque de tubarão na semana passada. Na próxima segunda-feira (dia 4) haverá uma reunião, em Noronha, com membros desse grupo para definir detalhes da proposta. "Vamos pedir que a administração da ilha faça um levantamento de todos os riscos, não só de tubarão, mas de correntezas e declives. Depois que sejam colocadas mais placas para que nativos e visitantes tenham acesso a essas informações", destacou o presidente do Cemit, coronel Clóvis Ramalho.
A assessora jurídica do arquipélago, Ana Patrícia Teixeira, garantiu que a administração está disposta a investir em placas. Hoje, segundo ela, todas as quatro praias que estão no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha têm placas. Mas nem todas as sete praias da Área de Proteção Ambiental (APA) estão sinalizadas.