Por meio de nota publicada à imprensa, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) afirma que está acompanhando as investigações e lamenta a morte da idosa Josefa Maria da Silva, 83 anos, no município de Bezerros, Agreste do Estado. Nessa quarta-feira, a família da mulher associou sua morte súbita a complicações após atendimento prestado por um funcionário da Companhia nessa quarta-feira (13).
Na publicação, a Compesa informa que sete técnicos estavam visitando os imóveis do bairro central do município "de forma ética, profissional e respeitosa, conforme a conduta da empresa". A visita do funcionário, segundo a nota, tinha como finalidade atualizar o cadastro comercial do imóvel. Ainda segundo a Companhia, as contas de Josefa Maria, referentes aos serviços prestados pela empresa, não estão em dia há um longo período de tempo.
Após constatar que a senhora tinha fornecimento de água na residência, a Compesa informa que o fucionário, não identificado, adentrou a residência, com permissão dos proprietários, e ao constatar que o abastecimento da casa era realizado pela empresa informou que era preciso regularizar a situação.
A nota também esclarece que o funcionário relatou à filha da vítima todas as medidas que deveriam ser tomadas e em seguida deu prosseguimento ao seu trabalho pela cidade, vindo a ser abordado por um suposto filho da idosa, que acusou o homem de ter matado a senhora.
Segundo familiares, Josefa Maria da Silva teve morte súbita após ter discutido com o funcionário da Compesa e machucar a cabeça com uma queda provocada pela discussão.
Confira a nota na íntegra:
A Compesa esclarece que no dia 13/01/2016, uma equipe de sete técnicos estava visitando os imóveis do bairro central de Bezerros, no agreste pernambucano, realizando atividades de rotina, para atualização das informações dos seus clientes naquela área. Nesta atividade, os procedimentos de abordagem e relacionamento com os clientes são pautados pela conduta ética, profissional e respeitosa, conforme preconiza as orientações da Compesa. Um dos membros da equipe visitava o imóvel de uma idosa para atualização do cadastro comercial do imóvel e como é de praxe, solicitou documentos e informações. Como o imóvel daquela senhora estava suprimido, situação extrema de retirada do ramal predial ( quando o cliente deixa de pagar a conta por um período muito longo), o funcionário perguntou se ela estava usando água da Compesa. Diante da sua negativa e a mesma ter declarado que usava água de carro-pipa, o empregado pediu autorização para entrar no imóvel para as devidas averiguações. Ao abrir uma torneira, o funcionário verificou que a água que ela utilizava era da Compesa, após as observações elementares (pressão da água e coloração). Ao informar à cliente sobre esta constatação, a mesma informou que água era proveniente da casa da sua filha, sua vizinha. O empregado explicou que era preciso regularizar essa situação e adiantou que a cliente não seria penalizada, pois o interesse da Compesa é que situações como essas sejam regularizadas. A dona da casa então chamou a sua filha, para quem o empregado da Compesa repassou todos os esclarecimentos e ouviu dela a afirmação de que “quando a conta chegasse, ela mesma pagaria ( numa referência a sua mãe). O funcionário da Compesa deixou o imóvel e deu continuidade ao seu trabalho, visitando outras quadras do bairro. Cerca de uma hora depois, o empregado foi abordado por um suposto filho da idosa. acusando-o pela morte de sua mãe. Perplexo com a acusação, o empregado afirmou que havia tratado aquela Senhora com todo o respeito e que não tinha havido qualquer tipo de desentendimento com a mesma. Diante do exposto, a Compesa reafirma a sua confiança no seu funcionário, que trabalha há 35 anos na empresa, onde conquistou o respeito dos colegas de trabalho pela sua conduta ilibada e de bom relacionamento com os clientes. A Compesa se solidariza com a família da idosa e se coloca à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários.