Orla de Boa Viagem deve ganhar nova cara até o fim deste mês

O projeto de revitalização da área vai padronizar os equipamentos dos barraqueiros, aumentando a qualidade do serviço prestado
Editoria de Cidades
Publicado em 09/01/2017 às 7:00
O projeto de revitalização da área vai padronizar os equipamentos dos barraqueiros, aumentando a qualidade do serviço prestado. Foto: Foto: Divulgação/PCR


A variedade de cores e condições das barracas e guarda-sóis instalados na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, está com os dias contados. É que até o final deste mês, será iniciada a primeira etapa do projeto de requalificação da orla, que vai padronizar e organizar os equipamentos dos barraqueiros, aumentando a qualidade do serviço oferecido e promovendo uma renovação na paisagem do local. Esta fase vai contemplar uma área de 850 metros, entre as ruas Antônio Falcão e Henrique Capitulino, e caso dê certo, será expandida para o restante dos sete quilômetros da orla.

O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Recife e neste momento, conta com a parceria da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, que investirá R$1,3 milhões na compra do material. A extensão total da orla foi dividida em 10 setores, nomeados de A à J, e um total de 476 barraqueiros foi cadastrado pela prefeitura. Setenta e três fazem parte do chamado setor C, que está sob responsabilidade do centro universitário, e serão contemplados com ombrelones (tipo de guarda-sol maior), cadeiras, coletes, mesas de apoio, espreguiçadeiras, caixas térmicas, lixeira e carroças. Cada comerciante deverá receber a quantidade de cadeiras e mesas equivalente a área que ocupa hoje na areia.

“Nossa ideia é valorizar a praia. Através dessa parceria, que é a primeira na areia da orla, vai ser possível melhorar muito a qualidade do serviço prestado à população que frequenta o local”, comenta o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga. A expectativa é que até o final de 2017, exista um novo desenho da orla de Boa Viagem, patrocinada por diferentes empresas.

Em sua maioria, os comerciantes estão felizes com a iniciativa. “Disseram que a gente ia ganhar tudo novo. Só estamos preocupados com relação a quando esse material vai chegar e também ao que fazer com o que a gente já tem. Não tem como simplesmente dar fim a todas essas cadeiras, por exemplo. Mas eu estou bem otimista. Acho que vai ajudar a reduzir nossos gastos e, quem sabe, até aumentar o lucro” conta Maria Margarida, conhecida como Dona Maggie e barraqueira há cerca de 30 anos.

Não é preciso andar muito para ver que a opinião de Dona Maggie não é unanimidade. Há apenas alguns metros de distância, fica a barraca do senhor Mario Manoel, que já trabalha por ali há cerca de 12 anos. “Eu não gostei muito dessa ideia não. Mas a gente tem que aceitar, não é? Foi prometido que eu iria receber a mesma quantidade de cadeiras e guarda-sóis que possuo atualmente. Acho que em termos de lucro e de serviço vai ficar a mesma coisa, pelo menos aqui na minha barraca. A gente se esforça para oferecer o melhor”, afirma.

APROVAÇÃO

Por outro lado, os clientes apoiam a iniciativa e estão ansiosos para ver a orla toda organizada. “É um projeto muito bacana e que provavelmente vai melhorar o serviço oferecido. E embelezar isso aqui! Boa Viagem é um cartão postal, merece isso”, afirma a fonoaudióloga Elise Mota. Apesar de saltar aos olhos em um primeiro momento, a requalificação também preocupa os frequentadores. “Eu acho a ideia ótima, só queria saber se além do equipamento, também vai ser fornecido uma capacitação aos comerciantes daqui”, questiona o engenheiro Marcos Gomes.

Ele está certo. O projeto não prevê apenas a padronização do equipamento, mas também, a fiscalização dos produtos vendidos pelos comerciantes cadastrados, tornando as barracas ainda mais seguras para o consumo. E os comerciantes já vem sendo capacitados para oferecer um serviço ainda mais satisfatório. 

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