O primeiro trecho da nova etapa de implantação do Parque Capibaribe, entre as Pontes da Capunga e da Torre, nas Graças, bairro da Zona Norte da capital pernambucana, terá início em junho de 2017. De acordo com a Empresa de Urbanização do Recife (Urb), responsável pela obra, a licitação para escolha da empresa que executará a Via Parque corre no prazo previsto e será finalizada até o fim de maio.
Duas candidatas participam do certame, uma empresa paraibana e um consórcio formado por três empresas de Pernambuco. O consórcio entrou com recurso contra a concorrente e a Urb tem até segunda-feira da semana que vem (15) para responder. O prazo para réplica é de cinco dias úteis, informa a diretora de Planejamento e Projetos da Urb, Rúbia Campelo.
Divulgada em novembro do ano passado, a segunda etapa do Parque Capibaribe ocupará 950 metros de extensão das margens do Rio Capibaribe, de uma ponte à outra, com píer, mirante, ciclovia, duas vias compartilhadas entre carro e bicicleta, dois espaços para contemplação da paisagem e passarela sobre o rio. Todas as licenças estão aprovadas, afirma Rúbia Campelo. “Desde janeiro é feito o monitoramento semanal do projeto”, diz ela.
A obra foi avaliada em R$ 28.375.410,87, com verba do PAC Pavimentação. Segundo a arquiteta Rúbia Campelo, não haverá necessidade de desapropriação de imóveis nesse trecho do parque. Três prédios residenciais construídos na área e a Faculdade Maurício de Nassau deverão recuar o muro, para liberar as margens rio, mas a prefeitura não terá despesa com pagamento de indenização. Com a instituição de ensino, o município fez acordo.
Nos anos 80 e 90, quando os projetos dos edifícios residenciais foram aprovados, ficou acertado que os condomínios deveriam recuar os muros, no futuro, para abrir passagem a uma via na beira-rio, esclarece Rúbia Campelo. “Há termo de compromisso assinado.” A proposta da via sofreu mudanças e incorporou mais um pedaço do Parque Capibaribe.
“A população terá uma melhor percepção do parque às margens do rio nessa segunda etapa, entre as Pontes da Torre e da Capunga”, destaca o arquiteto Romero Pereira, secretário-executivo de Projetos Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife. O Jardim do Baobá, primeiro trecho do Parque Capibaribe, tem apenas cem metros de extensão, e menos equipamentos públicos.
Na futura Via Parque, motoristas que trafegam pela Avenida Joaquim Nabuco poderão acessar a beira-rio na cabeceira da Ponte da Capunga, diz ele. Outro trecho para carro será implantado no fim da Rua Manoel de Almeida e levará os condutores de veículos motorizados até a cabeceira da Ponte da Torre, caminho já utilizado espontaneamente. Lá, o motorista deverá girar à direita, no sentido da Rua Amélia.
O Projeto Parque Capibaribe, que prevê intervenções ao longo de 30 quilômetros de margens do rio (15 km de cada lado) até 2037, começou a ser desenhado em 2013, a partir de um convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente e um grupo interdisciplinar da Universidade Federal de Pernambuco.
Em setembro de 2016, a prefeitura inaugurou o Jardim do Baobá, piloto do projeto, com 2,2 mil metros quadrados, nas imediações da antiga Estação Ponte d’Uchoa, também no bairro das Graças.