O sucesso da 18ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que se encerra neste domingo, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, vai levar o evento a ter mais um dia no próximo ano, passando de 11 para 12 dias. O público da feira ainda não foi contabilizado, mas ultrapassou as 300 mil pessoas.
A movimentação foi tão boa que muitos comerciantes não fizeram a menor questão de baixar os preços no último dia, como normalmente acontece. Foi o caso de José Eufrásio Filho, de 52 anos, conhecido como seu Neném, pela primeira vez participando da feira. Artesão de Serra Talhada que produz sandálias e bolsas de couro, ele chegou ao domingo mantendo os preços e a clientela. “Trouxe 14 caixas e vou voltar só com uma, é bom ter um pouco de estoque”, brincou, dizendo que vendeu mais de 400 peças, com valores de R$ 70 a R$ 250.
Produtora de peças em barro e madeira em Caruaru, a artesã Ítala Rodrigues, 28 anos, baixou os preços do que tinha em estoque e não se arrependeu. “A ideia é vender tudo, voltar sem nada. Comercializamos mais de três mil peças, com valores entre R$ 2 e R$ 40”, comemorou. O produto mais caro, as bonecas estilizadas, caíram para R$ 35. Outros, de R$ 4 saíam ainda mais baratos levando três (ficavam por R$ 10).
A professora Karla Patrícia do Nascimento, 31 anos, foi duas vezes a Fenearte e em cada vez levou mais amigas. “Eu vim atrás de promoção, não encontrei muita coisa, mas achei o que queria com preço bom”, diz. “Eu gosto muito da feira, mas esse ano não aprovei a mudança dos corredores, fiquei perdida com tudo muito aberto”.
As comerciantes de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, Cleide Maria da Silva, 59 anos, e Cíntya Mleny, 33, aprovaram tudo. "A gente compra roupa de renda para revenda em Passira, mas na Fenearte os preços são tão bons que a gente não compensa ir para lá. Então todo ano a gente vem e procura novos produtos", contam.