No mês de dezembro foram feitas 1.162 apreensões de animais silvestres. O número de bichos resgatados e encaminhados para a reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara) consolidou este mês como um dos recordistas.
Apenas os meses de maio, com 1.531 apreensões e fevereiro, com 1.340, ficam à frente de dezembro, mas ainda há a possibilidade deste número aumentar, já que a contabilização foi feita até o dia 21 deste mês. Em ações de fiscalização e apuração de denúncias anônimas, a Cipoma (Polícia Militar) e a Depoma (Polícia Civil) já contabilizaram 8.874 acolhimentos e 5.438 solturas.
Há um número crescente de 3.407 a mais que o ano de 2016, que foi de 5.467 acolhimentos. Dos 8.874 acolhidos até o dia 21 de dezembro, a grande maioria (7.645) foram aves vítimas do tráfico e do comércio ilegal.
Ao todo, foram 677 répteis, 493 mamíferos, 54 exóticos (não endêmicos da região) e 5 aracnídeos. Dos 5.438 devolvidos à natureza, 4.735 foram aves, 454 répteis, 245 mamíferos e 4 aracnídeos. O balanço parcial ainda apresentou um total de 1.598 mortos, a grande maioria aves (1.338).
Os locais que registraram os maiores números de apreensões foram em Carpina e São Lourenço da Mata, com o resgate de 433 aves; em Garanhuns, 338 aves; em Gravatá, regatando 200 aves, sendo 196 canários-da-terra; e na feira do Cordeiro, no Recife, onde foi feita a apreensão de 158 aves, e depois mais 19 em Camaragibe.
O Cetas Tangara foi inaugurado oficialmente em dezembro pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), começando a funcionar apenas em fevereiro, numa área de 2,6 hectares no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Lá, os animais são reabilitados e preparados para retornar ao habitat natural.