A Polícia Civil de Pernambuco detalhou, na manhã desta sexta-feira (26), a operação Apito Final 2, deflagrada na manhã da última terça-feira (23), nos municípios de Camaragibe e Paudalho, no Grande Recife. Nesta operação, a polícia desarticulou uma organização criminosa conhecida por “Turma do Apito” que, sob o pretexto de prestar serviços de segurança e vigilância aos cidadãos, arrecadava dinheiro da população, movimentava o tráfico de drogas, o comércio ilegal de armas, além de intimidar testemunhas e planejar homicídios. Ao todo, 11 pessoas foram presas.
Em coletiva de imprensa realizada na Sede Operacional da Polícia Civil de Pernambuco, na Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista, Área Central do Recife, os delegados Altemar Mamedes, da 16ª DPH de Goiana e Euricélia Nogueira da 9a DESEC de São Lourenço da Mata explicaram que o grupo preso era uma milícia armada.
“Eles atuavam na área de Guadalajara, em Paudalho, sob o pretexto de que eram vigilantes, ganhavam a simpatia da população local, porque estavam prestando um serviço de segurança para a população, mas por trás disso eles praticavam roubos, homicídios, ameaçavam testemunhas no curso de processo e também favoreciam o tráfico de drogas na região”, explicou Mamedes. “Esse serviço de vigilância configura um crime que a gente chama de milícia armada”, completou o delegado.
Segundo a polícia, o grupo era liderado por Luciano Josuel de Santana e João Antônio dos Santos, o Tonho. Eles atuavam divididos em duas equipes. “Uma área mais voltada para Camaragibe e outra em Paudalho, mas os crimes praticados por eles eram os mesmos, tanto que muitas vezes um alvo se reportava ao outro (Tonho se reportava a Luciano)”, disse a delegada Euricélia.
A delegada disse ainda que não descarta o envolvimento de mais pessoas nos crimes cometidos por essa organização e que podem ser identificadas posteriormente. Para a polícia, os criminosos são responsáveis por homicídios em Camaragibe, Abreu e Lima, Paudalho e São Lourenço.