Quase 113 anos atrás, a palavra ‘frevo’ era usada pela primeira vez na imprensa para significar a manifestação popular tão reconhecidamente pernambucana. O achado histórico, mérito do do pesquisador Evandro Rabelo, fundamentou a instituição da data que comemora o ritmo considerado patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Apesar de, este ano, a data cair no domingo (9), a programação festiva e gratuita já começou.
No Pátio de São Pedro, no bairro de São José, área central da capital, serão escolhidos o Rei e a Rainha do Carnaval do Recife. A final do concurso, aberta ao público, acontece às 20h e vai premiar os ganhadores com R$ 20 mil.
Para quem gosta de maracatu, o segundo ensaio coletivo de Nações para o Tumaraca promete vai levar o som dos batuques à Rua da Moeda, no Bairro do Recife. Nações Tupinambá, Porto Rico, Almirante do Forte, com o Coral Voz Nagô, convidam o coco Raízes de Arcoverde e Marrom Brasileiro.
Pela Cidade Alta, a comemoração começa às 19h com o grupo Brincante Popular, que abre a agenda com cortejo. A partir das 20h, Orquestra Virtual, Dudu do Acordeon, Nádia Maia e Benil se apresentam no palco montado na Praça do Carmo.
O dia é de Carnaval com inclusividade. O projeto Praia Sem Barreiras tem edição temática e leva as pessoas com e sem deficiência à Avenida Boa Viagem, na altura da Rua Bruno Veloso, Zona Sul do Recife, para um banho de mar assistido ao som de orquestra de frevo.
A agenda segue no Cais do Sertão, no Bairro do Recife, como parte da iniciativa Bora Pernambucar no Carnaval, do Governo do Estado. O maracatu Nação Porto Rico abre os festejos, seguido da Tribo Indígena Carijó (Patrimônio Vivo), do músico Gilú Amaral com Henrique Albino, Nilsinho Amarante, Alex Santana e Jonatas Araújo. O Maestro Spok e Orquestra Recife conduzem o frevo da festa, que termina com discotecagem do Original DJ Copy.
A Companhia Brasil Por Dança é quem faz o cortejo em Olinda, marcado para às 17h. Depois, o espetáculo fica com Maracatu Nação Pernambuco, Orquestra Zezé Corrêa, Charles Theony, Renato Pires e Quinteto Violado, no palco principal.
A programação culmina no domingo. De manhã, às 9h, A Alvorada dos Passistas vai reunir mais de 200 passistas acompanhados de orquestras em uma caminhada pelas ruas do Recife. O roteiro tem início no Armazém do Campo, na Av. Martins de Barros, no bairro de Santo Antônio, e termina no Marco Zero. Lá, os artistas vão festejar em uma grande roda.
Ainda no Bairro do Recife, às 14h, no Paço do Frevo, em frente à Praça do Arsenal, o Maestro Spok convida músicos e arranjadores para fazer uma homenagem aos grandes nomes do Frevo. Os passistas do projeto “Trajetos e Trejeitos” acompanham a festa.
Ali do lado, no Cais do Sertão, o Baile do Cais reúne diversas tradições culturais do Carnaval pernambucano: o maracatu Nação Erê, os caboclinhos Sete Flexas Mirim, as Caiporas de Pesqueira, os Papangus de Bezerros, os Caretas de Triunfo, os Tabaqueiros de Afogados da Ingazeira e as La Ursas de São Caetano. As manifestações culminam em um encontro especial. Os bonecos gigantes Zé Pereira e Vitalina viajam de Belém de São Francisco para se juntar ao Homem da Meia Noite.
O frevo fica por conta da Orquestra Malassombro, que convida Isadora Melo, Rogério Rangel e Vinícius Barros. Alceu Valença é quem encerra a semana de folia - e recebe a próxima, penúltima antes do Carnaval, em grande estilo.