Os vigilantes do metrô do Recife prometeram realizar paralisação nesta sexta-feira (11) pelo pagamento de salários atrasados. Hoje 382 vigilantes terceirizados pela empresa BBC atuam no sistema - além dos prestadores, 105 concursados trabalham no modal.
O protesto começará na Estação Recife, na área central, onde haverá uma assembleia às 7h. Depois os trabalhadores seguirão para o Centro de Controle Operacional do metrô, na estação Werneck, na Zona Oeste, e esperam ser recebidos por um representante da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a operadora do modal na capital pernambucana.
Segundo os manifestantes, o protesto é pelo pagamento de salários atrasados há dois meses, além da primeira parcela do décimo-terceiro salário, que deveria ter sido paga até o último dia 30. Os trabalhadores reclamam ainda que os tíquetes alimentação não estão sendo pagos e que quem tirou férias entre setembro e novembro não recebeu a remuneração.
"Desde março, o problema se repete e temos reuniões com a empresa. Mas não tem nenhum posicionamento nem dos contratantes nem da empresa", afirmou o vigilante Sandro José Alves.
Duzentos e oitenta profissionais que atuam nos terminais integrados também deverão paralisar as atividades e participar da mobilização. Os manifestantes reivindicam um posicionamento do Grande Recife Consórcio de Transporte sobre o assunto.
O JC Trânsito entrou em contato com a CBTU e com o Consórcio, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
SEGURANÇA NO METRÔ - Todos os seguranças do metrô auxiliam nas questões operacionais e de atendimento ao público; suas funções são diversas e vão desde o auxílio de pessoas que possam se acidentar durante a utilização do modal até retirar aqueles que estejam cometendo atos ilícitos dentro do sistema.
Os guardas não devem agir de forma ostensiva, já que não têm porte de armas de fogo, contando apenas com cassetetes. O investimento mensal na segurança é de R$ 1,5 milhão. Por dia, cerca de 400 mil pessoas usam o metrô.