Por segurança, Uber pedirá CPF a passageiro que paga em dinheiro

Passageiros que optarem por pagar em dinheiro sua corrida no aplicativo Uber, agora, terão que informar o número de seu CPF. Em comunicado endereçado aos motoristas, a empresa alega que esta é uma das muitas medidas que estão sendo implantadas para reprimir assaltos e outras situações violentas contra seus motoristas parceiros. O expediente começou a valer nesta segunda-feira (13) para São Paulo e em algumas semanas estará vigorando no Recife e outras cidades em que está presente.

Como é possível gerar números falsos de CPF, será pedido também a data de nascimento, para fins de validação. Caso o número informado seja inválido, será pedido que o passageiro coloque um válido ou opte por meio de pagamento digital, como PayPal ou cartão. O pedido do CPF era um ponto bastante sugerido pelos parceiros do serviço. 

No texto, a Uber comenta que tem "ouvido as preocupações de motoristas parceiros a respeito da violência urbana, que impacta toda a comunidade e continua sendo um dos maiores desafios no Brasil". Em outro ponto, informa também que, em breve, outras medidas de segurança serão implantadas "para prevenção de risco", além das que já existem. Uma delas, menciona "uma ferramenta que permitiria aos motoristas parceiros ampliarem sua escolha sobre meios de pagamento". O Uber está disponível no Recife desde março de 2016.

Atos violentos

Alguns casos de violência envolvendo o aplicativo chamaram a atenção nos últimos meses. Em janeiro, Edna Souza de Albuquerque, aposentada que ganhou fama como "Vovó da Uber", foi assaltada enquanto trafegava com uma passageira em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. De acordo com a idosa de 62 anos, dois adolescentes a abordaram, levando o carro e todos os seus pertences.

Já no dia 3 de fevereiro, ao deixar um empresário no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital, um Uber foi abordado por três homens armados. O passageiro, apesar de assaltado, conseguiu fugir. Os criminosos levaram o motorista até Porta Larga, em Jaboatão, onde o agrediram.