O trânsito nos arredores e no Túnel da Abolição, na Madalena, Zona Oeste do Recife, flui bem na manhã desta quinta-feira (23), apesar do alto número de carros, fator corriqueiro em dias úteis. O túnel foi liberado por volta das 21h30 dessa quarta-feira, (22), após passar a manhã e tarde interditado por ter amanhecido alagado. Esta foi a terceira interdição em três meses seguidos por conta de alagamentos.
O sistema de esgotamento foi comprometido por uma tentativa de furto dos cabos que alimentam as bombas d’água e um ato de vandalismo nos quadros de força.
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, a associação com a maré alta da madrugada desta quarta-feira (22) fez com que os trabalhos para solucionar o caso se estendessem. O Consórcio, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) trabalharam na área. Os ajustes duraram aproximadamente oito horas.
No dia 14 de novembro, o Túnel da Abolição também amanheceu alagado, chegou a ser interditado e a CTTU realizou um desvio no trânsito. O equipamento passou a manhã do dia 14 bloqueado, o que ocasionou bastante engarrafamento. O acúmulo de água foi ocasionado por uma tentativa de furto dos cabos que alimentos as bombas de sucção do túnel. Sobre o caso, o Grande Recife Consórcio de Transporte afirmou que o suspeito não conseguiu furtar os fios, mas que danificou a parte elétrica das bombas. No dia 20 de dezembro, o Túnel amanheceu alagado. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, o alagamento foi ocasionado por atos de vandalismo. A situação foi normalizada por volta das 9h daquele dia.
Não é de hoje que o Túnel da Abolição apresenta problemas com alagamentos. Desde a construção do equipamento, acontece de ele ficar tomado por água. O túnel foi inaugurado no dia 12 de abril de 2015 e liga a Rua Real da Torre à Rua João Ivo da Silva, sob a Avenida Caxangá. A obra, que faz parte do Corredor Leste-Oeste eliminou um dos cruzamentos mais congestionados à época e custou R$ 16 milhões.
Em janeiro de 2016, mesmo não tendo chovido, o túnel alagou e a água alcançou quase 50 centímetros. À época, os cabos de energia haviam sido roubados, de duas bombas de sucção de água. Em julho de 2015, o equipamento também chegou a ser bloqueado devido ao alagamento. Desta vez, o problema se deu devido à sobrecarga no sistema elétrico, que provocou o desligamento da bomba de drenagem.
Em maio do mesmo ano, o alagamento ocorreu após uma noite de chuva. O que ocasionou a inundação foi um ato de vandalismo, quando ocorreu a quebra da chave geral do sistema elétrico, impossibilitando o funcionamento das bombas. A inauguração do túnel se deu após um ano e quatro meses de atraso também por causa dos alagamentos. A obra deveria ter sido finalizada em janeiro de 2014, antes da Copa do Mundo, mas houve um problema com a construtora Mendes Júnior, investigada pela Operação Lava Jato e com o lençol freático da área, que ocasionava as constantes inundações.