Grande Recife reforça linhas de ônibus para evitar caos

Atualizada às 11h10

Quase metade da frota dos ônibus já está em circulação no Grande Recife. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários e com o Grande Recife Consórcio de Transporte, 47% da frota de ônibus (cerca de 1200 coletivos) circula normalmente, aliviando o sofrimento de quem depende de transporte coletivo.

A expectativa para o início da manhã desta quarta era grande, sobretudo após as cenas vistas na tarde e noite de terça-feira (3), quando os motoristas de ônibus desrespeitaram a determinação de iniciar a greve apenas à meia-noite da quarta-feira (dia 4) e provocaram caos nas ruas do Recife, sobretudo no Centro da cidade. Vários deles abandonaram os veículos parados na ponte Duarte Coelho, na Boa Vista, e se colocou no cruzamento, travando todo o trânsito do Centro. Alguns ônibus tiveram os pneus furados para dificultar ainda mais a retirada.

Ciente do que poderia acontecer, o Grande Recife reforçou logo cedo o número de ônibus, diferentemente do que aconteceu na semana passada, durante a paralisação de advertência. A estratégia funcionou e o que se viu foram terminais com movimento tranquilo e paradas também sem uma quantidade excessiva de passageiros. Os próprios passageiros se esquematizaram para evitar o caos e o movimento ficou perto do normal. Mesmo assim, muita gente usou as redes sociais para reclaram que ônibus não estavam passando. As linhas com maior percentual de reclamação pertenciam às empresas São Paulo e Borborema.

A quantidade razoável de ônibus circulando acabou frustrando os grevistas. Na Avenida Agamenon Magalhães, por exemplo, um motoqueiro não identificado aproveitou o congestionamento normal na via para esvaziar o pneu de um coletivo. O mesmo aconteceu na Avenida Riachuelo, no Centro do Recife, mas nada parecido com a confusão ocorrida na terça-feira.

Os rodoviários cobram um aumento salarial de 30%, mas os representantes das empresas de ônibus chegaram a oferecer 8%. O sindicato da categoria acenou para uma suspensão da greve. Não contou, porém, com a adesão da categoria.