Reforço nas ações contra ataque de tubarão

Os frequentadores das praias de Pernambuco contam com mais um reforço na segurança contra os ataques de tubarões. O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMAR) apresentou na tarde desta quinta-feira, na 78ª reunião ordinária do Comitê Estadual de Incidentes com Tubarões (Cemit), realizada na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), medidas para intensificar o trabalho de prevenção, além de reforços na equipe e equipamentos. “Agora contamos com mais três jet skis, em Boa Viagem. Também temos mais guarda-vidas nos postos dois e seis. Já em todo o litoral de Pernambuco o quantitativo de guarda-vidas passou de 53 para 64”, afirmou o tenente-coronel Arnóbio José de Almeida.

De acordo com o oficial, outro ponto importante foi o aumento da sinalização das áreas de correnteza. “Tínhamos uma bandeirola vermelha sinalizando cada um dos sete pontos críticos. Aumentamos para cinco, mas chegaremos a dez”, declarou. Ele também destacou a intensificação da ação educativa. “Só nos dois últimos finais de semana, registramos um total de 1.287 abordagens a banhistas. Antes, a média era de 60 por final de semana”, comentou Almeida.

O coronel do Corpo de Bombeiros Francisco Cantarelli revelou que a instituição, em parceria com o Samu, está elaborando um protocolo com ações que visam diminuir o tempo de atendimento em casos de resgate. “O documento deve ser apresentado no dia 8 de outubro”, contou.

Sobre a instalação de redes de proteção contra os tubarões, a presidente do Cemit, Rosângela Lessa, afirmou que será elaborado hoje o texto do edital de licitação para escolha da empresa que produzirá o equipamento. “Inicialmente, as redes serão usadas em espaços menores, nos finais de semana, durante a realização de esportes náuticos. No entanto, vamos estudar a viabilidade da sugestão do MPPE que pretende aumentar a área de segurança para os banhistas. Assim, essa primeira fase será experimental”, explicou.

Rosângela aproveitou a oportunidade para comemorar a redução no número de ataques no Estado. “Tivemos uma redução de 90%, desde que o Cemit começou a atuar, em 2004. Nosso sistema se mostra mais eficiente que os da Austrália e África”, garantiu. Já o promotor do Meio Ambiente Ricardo Coelho, que abriu um inquérito em agosto passado, sugerindo a interdição provisória dos pontos mais perigosos da orla de Boa Viagem, comemorou os números do Cemit. “A minha avaliação é a mais positiva possível. O Comitê tem observado cada ponto do inquérito e buscado soluções”, comentou.