Homem é morto a tiros em terreiro de candomblé

Emerson Souza teria sido convidado a conhecer o local, na Iputinga, e acabou assassinado por dois homens numa moto. Família da vítima e babalorixá descartam crime religioso
Do JC Online
Publicado em 22/07/2012 às 22:33
Emerson Souza teria sido convidado a conhecer o local, na Iputinga, e acabou assassinado por dois homens numa moto. Família da vítima e babalorixá descartam crime religioso Foto: Priscilla Buhr/JCImagem


Um homem foi executado na noite de domingo (22) em um terreno onde funciona um terreiro de candomblé, na Rua Engenheiro Agrônomo Moacir Parnaíba, na Iputinga, Recife. De acordo com policiais militares do 13º Batalhão, que estiveram no local, Emerson Almeida Nogueira de Souza, 39 anos, teria sido convidado a conhecer o espaço e acabou morto a tiros por dois homens que chegaram em uma moto. A vítima morava no Alto Santa Isabel.

Ainda abalada, a esposa de Souza, que não quis se identificar, disse que o crime não tinha qualquer relação com a religião do companheiro. "Eu quero deixar claro que o que aconteceu não tem nada a ver com religião", frisou. A mulher, no entanto, não sabe o que pode ter motivado o assassinato. Segundo ela, Souza não tinha recebido ameaças.

Um babalorixá do local também descartou uma motivação religiosa para o homicídio e se disse preocupado com a possibilidade de a morte do rapaz ser associada ao candomblé. "Foi um problema dele. Ocorreu aqui, numa vila com várias casas, como poderia ter acontecido em qualquer lugar. O candomblé não pode levar uma culpa que não tem. Já sofremos muito preconceito", ressaltou o religioso. "Esse terreiro existe há mais de 10 anos e nunca houve problema nenhum aqui", completou a moradora Conceição Pereira, 61.

A perita Vanja Coelho declarou que os disparos que mataram Souza foram deflagrados por pistola 380 e à queima-roupa. O corpo foi recolhido pelo Instituto de Medicina Legal (IML) por volta das 21h30.

O sargento Valdemir Alves informou que Souza respondia na Justiça por formação de quadrilha. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investigará o caso.

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