Ex-padre preso com maconha morre em presídio

Homem foi preso por esconder maconha no altar da igreja São Judas Tadeu, no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho
Do JC Online
Publicado em 20/02/2015 às 11:27
Homem foi preso por esconder maconha no altar da igreja São Judas Tadeu, no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho Foto: Foto: Bianca Bion/JC


Morreu nesse sábado (14), no Complexo do Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife, o ex-padre Mário Roberto Gomes de Arruda, preso com 176 quilos de maconha em novembro de 2014. De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o preso de 44 anos teria se sentido mal e sido socorrido para o Hospital Otávio de Freitas (HOF), também no Sancho. A causa da morte ainda não foi esclarecida.

O ex-padre foi preso por esconder maconha no altar da igreja São Judas Tadeu, no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho. Na ocasião, outras duas pessoas também foram detidas. Joselin Joana de Oliveira, 20 anos, e Eduardo José dos Santos, também de 20 anos, assim como o ex-padre, recebiam e distribuíam a droga. Além da maconha, foram apreendidos um revólver calibre 32 e a carteira de autoridade eclesiástica do ex-padre.

Eles foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O religioso também foi autuado por porte ilegal de arma de fogo. Segundo o Denarc, esta foi a segunda vez que Mário recebeu a droga na igreja.  O bispo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição no Jordão, Zona Sul do Recife, superior da Igreja de São Judas Tadeu, alegou que Mário Roberto o ameaçou, dizendo que se ele o tirasse da paróquia de Pontezinha, atiraria no bispo.

HISTÓRICO

O ex-padre veio a Pernambuco após ser expulso, há mais de 2 anos, da Igreja Católica Apostólica Romana de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Aqui, ele entrou em contato com a Igreja Católica Apostólica Brasileira e pediu permissão para atuar na paróquia, já que ele e a família são de Jaboatão dos Guararapes.

Os fiéis da Igreja de São Judas Tadeu disseram que o ex-padre costumava se apresentar bêbado. Há sete meses, ele acabou expulso também da Igreja Brasileira, por incontinência, desobediência e maus hábitos. Após a expulsão, o ex-padre se recusou a deixar a igreja e continuou morando no local. Nesta quinta-feira (20), chegou a ordem de despejo, quando a droga foi encontrada.

Segundo a população de Pontezinha, Mário e Eduardo mantinham um relacionamento. A igreja recebeu informações de que o padre é homossexual, mas não comprovou.

O ex-padre montou, após a expulsão da Igreja Brasileira, a Associação da Ordem Beneditina Missionária, através da Igreja Católica Apostólica Americana, submetida a uma igreja em Vitória da Conquista, na Bahia.

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Pontezinha complexo do curado tráfico
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