Estudante de medicina é preso suspeito de participar de quadrilha que furtou 8 milhões de milhas

Golpistas enviavam e-mails se passando por empresas e solicitavam a senha da vítima
Do JC Online
Publicado em 03/03/2015 às 10:50
Golpistas enviavam e-mails se passando por empresas e solicitavam a senha da vítima Foto: Foto: Fotos Públicas


Atualizada às 11h03

Um estudante de medicina de 24 anos foi preso na manhã dessa segunda-feira (2) suspeito de participar de uma quadrilha especializada em fraudar o programa de milhagem Multiplus. A Operação Milhas, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, prendeu Nomangh Arruda de Sousa que, juntamente com pessoas que residem em Minas Gerais e Pernambuco, furtou cerca de 8 milhões de milhas aéreas da empresa.

Nomangh Arruda de Sousa é natural de Araripina, no Sertão de Pernambuco, mas estuda em uma faculdade particular de Teresina (PI). O suspeito foi detido na região do Planalto Uruguai, zona leste de Teresina, em cumprimento a um mandado de prisão. Na casa dele, a polícia apreendeu celulares, computadores e pen drives.

O delegado responsável pelo caso, César Camelo, informou que o jovem Nomangh Souza comprava, de um fornecedor de Minas Gerias, pacotes de milhas aéreas roubadas e as vendia pela internet para os seus contatos e amigos pessoais. Está sendo apurado se o jovem conhecia a origem dos pontos. As investigações revelaram que o estudante estaria praticando o golpe há mais de dois anos e que teria arrecadado cerca de R$ 60 mil por ano.

De acordo com policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), o grupo seria responsável pelo furto de cerca de 8 milhões de milhas aéreas apenas deste programa. Com esta quantidade daria para comprar aproximadamente 800 passagens de avião. Segundo o delegado, os golpistas enviavam e-mails se passando por empresas e solicitavam a senha da vítima. Após capturar os dados, eles requeriam as milhas. A quadrilha estaria dando golpes em Minas Gerais e Pernambuco. O caso envolve pessoas físicas, agências de turismo e gente com quem o estudante tinha relação pessoal.

Em nota, a Multiplus reiterou como se dava o golpe e destacou que seu sistema é seguro. "A Multiplus informa que não houve invasão de seu sistema, por meio de hackers. A empresa reforça que a subtração de pontos de participantes foi realizada possivelmente a partir da prática de ‘phishing’, ação criminosa que tem como objetivo obter (pescar) informações e dados pessoais importantes através de mensagens falsas enviadas por e-mail", explicou.

Ouça a matéria da Rádio Jornal sobre o caso:

Confira na íntegra a nota da empresa Multiplus:

A Multiplus informa que não houve invasão de seu sistema, por meio de hackers, e esclarece que é a autora da denúncia para as autoridades competentes. A empresa reforça que a subtração de pontos de participantes foi realizada possivelmente a partir da prática de ‘phishing’, ação criminosa que tem como objetivo obter (pescar) informações e dados pessoais importantes através de mensagens falsas enviadas por e-mail.

A Multiplus ressalta que sempre adotou as melhores práticas de segurança para resguardar os dados dos clientes e que todas as transações foram realizadas mediante autenticações legítimas dos participantes, os quais, infelizmente, foram enganados, transmitindo os seus dados para terceiros sem conhecimento.

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