Um servidor do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) foi assassinado a tiros por volta das 18h desta terça-feira (14) na Avenida Pan Nordestina, em Olinda, Grande Recife. De acordo com a polícia, Anderson Lima Ribeiro, 32 anos, pilotava sua moto nas imediações da concessionária Autonunes quando foi abordado e executado com sete disparos de revólver calibre 38. O responsável pelo crime conseguiu fugir.
Anderson Ribeiro era casado e deixa uma filha de 8 anos. Segundo familiares, a vítima não tinha inimigos e era muito dedicada ao trabalho e aos estudos. “Ele era muito querido por todos, uma pessoa maravilhosa. Foi da Polícia Militar, sargento do Exército, ingressou na Guarda Municipal do Recife e estava muito feliz por ter entrado recentemente no TJ. A vida dele era estudar”, comentou José Adriano da Silva, padrasto da esposa de Anderson.
Conforme informações repassadas pela Polícia Civil, o modo como a vítima foi morta mostra que o assassino tinha a intenção de executá-la. “O Anderson foi atingido por um tiro na cabeça, que transfixou o capacete, quatro nas costas e dois no ombro, todos indicativos de que ele ainda estava pilotando a moto no momento dos disparos”, afirmou o perito Gilmário Brito.
Apesar da hipótese, a polícia ainda não tem uma linha de investigação definida para o caso. A família de Anderson chegou a cogitar uma briga de trânsito, mas nenhuma possibilidade foi descartada pelos investigadores.
“Familiares e amigos da vítima dizem que ele não tinha envolvimento com nenhuma atividade ilícita, por isso estão todos surpresos com a execução. Ainda é prematuro apontarmos uma motivação para o crime, mas tudo será esmiuçado pela polícia através da investigação”, disse a delegada Josineide Confessor, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Anderson era irmão de Alisson Lima Ribeiro, do 6º BPM, assassinado a tiros em outubro de 2013 quando saía do serviço em Moreno, na Região Metropolitana do Recife. O militar chegou a passar quatro dias internado no Hospital Otávio de Freitas (HOF), mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. Questionada sobre a possibilidade de os crimes estarem relacionados, Josineide Confessor não excluiu a possibilidade, mas também não a confirmou. “Só no final das diligências poderemos afirmar com certeza o que aconteceu”.