Dois detentos morrem em incêndio no Complexo do Curado

Um incêndio deixou dois presos mortos no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, na madrugada desta terça-feira (21). O fogo atingiu a cela onde estavam os detentos, no pavilhão A do Presídio Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa). Segundo a Secretaria-Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres), as chamas tiveram início por volta das 0h40 e foram causadas por um curto-circuito. Outra hipótese investigada é de que um dos detentos mortos tenha ateado fogo na cela para tentar chamar atenção da diretoria para a situação de perigo e para evitar a entrada de outros detentos.

Ainda de acordo com a Secretaria, os presos foram identificados como Reginaldo Francisco da Silva, 36 anos, e Manoel Alexandre Ludugero, 33 anos. O primeiro foi encontrado dentro de uma caixa d'água, praticamente vazia, dentro da cela. O segundo também teria entrado na caixa d'água, mas foi retirado do local por outros detentos e levado para a enfermaria da unidade, onde foi localizado. "Certamente os presos acreditaram que havia água no local, não deviam ser dessa cela", disse o perito do Instituto de Criminalística Antônio Neto em entrevista à Rádio Jornal. Não foi informado o crime pelo qual as vítimas cumpriam pena. Os corpos foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML), na área central do Recife.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e enviou quatro viaturas de combate a incêndio e uma de resgate para o local. A corporação, no entanto, ao contrário do dito pela Seres, afirma que as chamas atingiram dois pavilhões e não soube informar sobre vítimas. 

Os outros reeducandos que estavam no pavilhão A foram transferidos para o espaço onde funciona a Igreja, temporariamente. Na manhã desta terça, foi dado início à limpeza do pavilhão. A Seres informou ainda que a equipe de engenharia da pasta foi até a unidade para averiguar a situação da estrutura e reforma do espaço. Os secretários de Justiça e Cidadania, Pedro Eurico, e Ressocialização, Éden Vespasiano, vistoriaram o Pamfa  pela manhã. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).