Após tumulto com morte e feridos, armas são encontradas no Complexo do Curado

De acordo com a Seres, os presos que atiraram contra os agentes que estavam de plantão vão responder por tentativa de homicídio
JC Online
Publicado em 26/06/2017 às 18:54
De acordo com a Seres, os presos que atiraram contra os agentes que estavam de plantão vão responder por tentativa de homicídio Foto: Foto: Sindasp-PE/ Cortesia


Atualizada às 22h18

Homens do Batalhão de Choque, Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães), Gerência de Operações e Segurança (GOS/Seres) e agentes penitenciários da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) encontraram, nesta segunda-feira (26), seis revólveres, duas pistolas e diversos materiais ilícitos no Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), uma das unidades do Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. A fiscalização começou após uma tentativa de fuga pela manhã que terminou com um detento morto e outras seis pessoas feridas, sendo quatro presos e dois agentes penitenciários. A operação acabou às 20h, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE).

A entidade informou ainda que foram encontrados com os presos seis revólveres, uma pistola .380, uma pistola .40, oito facões industriais, 58 facas industriais, uma foice, seis chuchos, 46 celulares, 36 carregadores, 15 tubos de cola, oito garrafas de uísque, duas balanças de precisão, cerca de 200g de pó branco, aproximadamente 80g de crack e pouco mais de 3kg de maconha.

No início da noite, a Seres enviou uma nota à imprensa falando sobre a revista. No comunicado, a pasta afirmou que os presos que participaram da confusão já foram identificados e os que atiraram contra os agentes que estavam de plantão vão responder por tentativa de homicídio.

TUMULTO

Por volta das 8h desta segunda-feira, Anderson Luiz de Souza, 23 anos, detento do PFDB, fingiu um mal-estar e pediu para ser atendido na enfermaria da unidade. Quando chegou ao local, já armado, rendeu um agente e roubou sua pistola e colete. Outros quatro presos, também armados, se juntaram a Anderson e renderam as outras pessoas que estavam na enfermaria. Professores de uma escola que funciona dentro do presídio também foram feitos reféns e usados como escudo humano para que o grupo tivesse acesso ao portão principal do PFDB.

Quando os demais agentes perceberam a ação, começaram a atirar e se iniciou uma troca de tiros. Anderson foi atingido no rosto e morreu. Os agentes Máximo Daniel da Silva e Marcos Antônio Borges Farias foram atingidos, assim como outros quatro presos. Todos foram encaminhados para o Hospital Otávio de Freitas, no bairro do Sancho, na Zona Oeste da capital.

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