Uma quadrilha, que praticava constantes roubos na BR 101, foi presa pela Polícia Civil durante a operação Bota Fogo. Pelo menos oito homens estão envolvidos na organização criminosa que interceptava os veículos na divisa entre Recife e Goiana, próximo a fábrica da montadora Jeep.
De acordo com o delegado Herbert Martins, responsável pela investigação, o grupo jogava pedras em direção aos veículos, o que fazia com que eles parassem para ver o estrago causado pelo impacto. Neste momento, os assaltantes chegavam e praticavam o roubo.
Em outras investidas, a quadrilha também colocava estacas de madeira e até grampos, impedindo a passagem dos carros, motos e ônibus na via para que eles pudessem fazer a abordagem.
"Eles agiam com brutalidade e roubavam todos os pertences. Malas com objetos pessoais, celulares, joias e tudo que tivesse dentro do veículo eles levavam, sempre usando de violência", conta o delegado.
Na madrugada do domingo (10), os agentes localizaram os suspeitos na comunidade do Botafogo, que nomeia a operação, no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Com eles foram apreendidas três armas, doze munições e três celulares fruto de roubo. Além disso, também foram localizados 103 big bigs de maconha e uma balança de precisão, usada para o tráfico de drogas.
O líder do grupo foi identificado com Reinan de Paula Lima, conhecido como "Rei", que foi identificado e localizado pela polícia. Ele e mais cinco se encontram presos na cadeia pública de Goiana à disposição da Justiça, onde responderão pelos crimes de organização criminosa, roubo qualificado e tráfico de drogas. Outros dois ainda estão foragidos.
"Ainda há pessoas envolvidas e outras estão sendo identificadas. Mais pessoas serão presas nos próximos dias", destaca Herbert Martins.
Entre as vítimas estão, principalmente, os funcionários da Jeep. Ônibus que fazem o transporte dos trabalhadores eram constantemente abordados pela quadrilha, por passarem frequentemente no trecho em que o grupo praticava o crime.
Segundo o delegado, somente na delegacia de Goiana, há o registro de mais de dez inquéritos contra o mesmo grupo.