A Polícia Civil apresentou na manhã desta terça-feira (19) a prisão de dois homens, suspeitos de estarem envolvidos em uma ação coordenada de roubos a bancos ocorrida em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. As informações foram repassadas pelo delegado Rodolfo Cartaxo, da Força Tarefa de Bancos. O crime ocorreu em outubro de 2018.
Foram presos Daniel Augusto Bezerra da Silva e José Ailton do Nascimento Costa. O primeiro, suspeito de dar apoio logístico à quadrilha. Já José Ailton é suspeito de participar diretamente da investida.
“Daniel tinha uma função acessória dentro da organização”, explicou Cartaxo. “Como ele era corretor de imóveis na cidade de Caruaru (também no Agreste), tinha informações sobre quais imóveis poderiam receber os integrantes”, continuou.
De acordo com as investigações, as casas eram usadas para reuniões de planejamento das ações criminosas. Um sítio, localizado em Caruaru, pertencente a Daniel, teria sido usado para um desses encontros. A polícia divulgou imagens do local. Veja.
“José Ailton participou das ações diretamente. Ele esteve presente na investida contra um batalhão da Polícia Militar em Santa Cruz do Capibaribe e nas explosões dos cofres das agências”, pontuou o delegado.
Na madrugada do dia 19 de outubro, um grupo de homens armados foi até a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. Uma parte da quadrilha foi até o 24º Batalhão de Polícia Militar, no município. A outra se dirigiu ao centro da cidade, onde investiram contra as agências do Banco do Brasil e do Santander na localidade.
Os homens que foram ao batalhão trocaram tiros com os policiais. Na ocasião, um dos suspeitos foi morto. “Esse homem era cunhado de José Ailton”, disse Cartaxo.
Os assaltantes que foram às agências também foram confrontados pela polícia. “Eles conseguiram explodir os cofres, mas enfrentaram os policiais”, relatou o delegado. Os homens fugiram mas, após perseguição, deixaram para trás um veículo contendo armas e uma quantia em dinheiro. Veja o vídeo.
Segundo Cartaxo, a quadrilha tinha costume de fazer reféns durante as ações criminosas. “Dessa forma eles tentavam impedir que os policiais atirassem contra eles”, explicou o investigador.
Os dois homens foram presos temporariamente, no decorrer das investigações. “As prisões têm validade de 30 dias, podendo ser renovadas por mais 30”, disse Cartaxo. “Vamos continuar trabalhando para concluir o inquérito sobre os dois e prosseguir para identificar os outros integrantes do grupo”, terminou o delegado.