Idosa morre após discutir com funcionário da Compesa

O atestado de óbito indicou que a idosa teve morte súbita cardíaca
Do JC Online
Publicado em 14/01/2016 às 11:01
O atestado de óbito indicou que a idosa teve morte súbita cardíaca Foto: Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem


Atualizada às 20h04

Um funcionário da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) é suspeito de, após uma discussão, provocar a morte de uma idosa de 83 anos, no município de Bezerros, no Agreste de Pernambuco. A senhora teria caído após ter sido acusada de roubar água da companhia.

Josefa Maria da Silva estava em casa junto ao seu esposo quando recebeu a visita de um funcionário da Compesa, que questionou a idosa sobre o serviço de água encanada ofertado na residência.

De acordo com familiares, o funcionário adentrou a casa e abriu a única torneira da cozinha da residência, abastecida com água acumulada num reservatório, questionando a senhora sobre a procedência do abastecimento.

Após discutirem e, segundo familiares, a senhora ser acusada de roubo, a idosa passou mal e caiu, chegando a atingir a cabeça. Nesse momento, ainda segundo familiares da vítima, o funcionário teria presenciado a queda e saído da casa sem prestar socorro.

Em entrevista à Rádio Jornal, a nora da idosa, Laiana Silva, disse que a mulher não utilizava o serviço da Compesa há mais de dez anos e atualmente utilizava a água que pertencia a uma filha dela. O atestado de óbito indicou que a idosa morreu por morte súbita cardíaca.

Confira a nota enviada pela assessoria da Compensa

A Compesa esclarece que no dia 13/01/2016, uma equipe de sete técnicos estava  visitando os imóveis do bairro central de Bezerros, no agreste pernambucano, realizando  atividades de rotina, para  atualização das informações dos seus  clientes naquela área. Nesta atividade, os procedimentos de abordagem e relacionamento com os clientes são pautados pela conduta ética, profissional e respeitosa, conforme preconiza as orientações da Compesa. Um dos membros da equipe visitava o imóvel de uma idosa para  atualização do cadastro comercial do imóvel e  como é de praxe, solicitou  documentos e informações. Como  o imóvel daquela senhora estava suprimido, situação  extrema de retirada do ramal predial ( quando o cliente deixa de pagar a conta por um período muito longo), o funcionário perguntou se ela  estava usando água da Compesa. Diante da sua negativa e a mesma ter declarado que usava água de carro-pipa, o empregado pediu autorização para entrar no imóvel para as devidas averiguações. Ao abrir uma torneira, o funcionário  verificou que a água  que ela utilizava era da Compesa, após as observações elementares (pressão da água e  coloração). Ao informar à cliente sobre esta constatação, a mesma  informou que água era proveniente da casa da sua filha, sua vizinha. O empregado  explicou que era preciso regularizar essa situação e adiantou  que a cliente não seria penalizada, pois o  interesse da Compesa é que situações como essas sejam regularizadas. A  dona da casa então chamou a sua filha, para quem o empregado da Compesa repassou todos os esclarecimentos e  ouviu  dela a afirmação de que “quando a conta chegasse, ela mesma pagaria ( numa referência a sua mãe). O funcionário da Compesa deixou o imóvel e deu continuidade ao seu trabalho, visitando outras quadras do bairro. Cerca de uma hora depois, o empregado foi abordado por um suposto filho da idosa.  acusando-o pela morte de sua mãe. Perplexo com a acusação, o empregado afirmou que havia tratado aquela Senhora  com todo o respeito e que não tinha havido qualquer tipo de desentendimento com a mesma. Diante do exposto, a Compesa  reafirma a sua confiança no seu funcionário, que trabalha há 35 anos na empresa, onde conquistou o respeito dos colegas de trabalho pela sua  conduta ilibada e de bom relacionamento com os clientes. A Compesa se solidariza com a família da idosa e se coloca à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários.

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