Um protesto foi realizado na manhã desta quarta-feira (10), na frente do Fórum de Petrolina, Sertão de Pernambuco, para exigir rapidez nas investigações do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, em um tradicional colégio particular da cidade. Participaram do ato integrantes dos grupos Somos Todos Beatriz e Beatriz Clama por Justiça.
Os manifestantes colocaram faixas, cartazes, balões pretos e cadeados nos portões de acesso ao fórum. Apesar do ato, ninguém foi impedido de entrar no prédio.
"Fizemos uma manifestação pacífica para mostrar a nossa indignação. A gente não sabe mais a quem recorrer. Já buscamos todos os órgãos possíveis, todas as instâncias que a gente acredita que possam fazer alguma coisa por esse caso, mas ainda não temos uma solução", afirmou Denilíria Cavalcanti, uma das manifestantes.
Denilíria ainda questiona os motivos que estariam levando à demora na resolução do caso. "O que é que está acontecendo? O que está faltando? Dizem que não falta recursos, não falta mão de obra. Está faltando o que? Apoio técnico já foi recebido. Então no nosso entendimento o que está faltando é coragem por parte das autoridades e das pessoas envolvidas", cravou a mulher.
O pais de Beatriz foram recebidos pelo juiz Francisco Josafá, diretor do Fórum de Petrolina, que explicou que a Justiça só poderá atuar no caso quando tiver uma resposta da polícia.
"O que a família e os manifestantes queriam era ser recebidos pelo poder público. O que pude explicar para eles é que o judiciário só age quando o Estado, por meio da Secretaria de Defesa Social, encaminhar o inquérito", afirmou o magistrado.
Beatriz Angélica Mota foi assassinada com aproximadamente 40 facadas no colégio em que estudava, durante uma solenidade de formatura. Oito meses após a morte da menina, o caso ainda não foi solucionado.