Asteroide será 'batizado' com o nome de Itacuruba na próxima sexta-feira

Pesquisadoras do Observatório Nacional estarão na cidade para entregar placa comemorativa ao prefeito
JC Online
Publicado em 31/05/2017 às 22:16
Pesquisadoras do Observatório Nacional estarão na cidade para entregar placa comemorativa ao prefeito Foto: Foto: Espaço Ciência/ Divulgação


Na próxima sexta-feira, 2 de junho, a cidade de Itacuruba, no Sertão de Pernambuco, dará um importante passo para se consolidar como Polo Astronômico do País. Nesta data, as pesquisadoras Daniela Lazzaro e Terezinha de Jesus Alvarenga, do Observatório Nacional, vão entregar a placa de "batismo" do asteroide 10468, que passou se chamar Itacuruba.

Durante a solenidade, que vai começar às 16h, o prefeito Bernardo Ferraz receberá das pesquisadoras a placa comemorativa. Antonio Carlos Pavão, diretor do Espaço Ciência, e Alexandre Stamford, representante da SECTI (Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação) também vão acompanhar o evento. Neste momento, também será lançado um concurso para estudantes da cidade sobre o Asteroide.

"Com essa conquista, Itacuruba leva para o mundo uma vocação e patrimônio raros", afirmou a titular da SECTI, Lúcia Melo. O Ciência Móvel, projeto itinerante do Espaço Ciência, também estará em Itacuruba na ocasião junto com a Caravana Notáveis Cientistas de Pernambuco e o Planetário Inflável.

"Levar o Espaço Ciência, por meio do Ciência Móvel, a Itacuruba e outras cidades do interior do Estado faz parte da nossa estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação, que visa promover o conhecimento e a disseminação da Ciência como instrumento transformador", comentou a secretária.

Na programação, das 10h às 12h haverá visitas ao Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), guiadas pelas pesquisadoras convidadas. Elas coordenam o chamado projeto IMPACTON que, desde a implantação do OASI, entre 2003 e 2004, analisa e monitora asteroides, sobretudo os que oferecem maior risco ao planeta. Fechando o dia, a partir das 18h, as pesquisadoras ministram palestra para os presentes sobre o projeto, o OASI e o Asteroide Itacuruba.

O OASI

A primeira observação feita no OASI foi em 2011, de lá para cá, o observatório tem se destacado mundialmente. Em 2016, recebeu certificado da ESA (Agência Espacial Europeia) por ter sido o único a observar um asteroide que passou próximo à Terra. O telescópio do OASI é o segundo maior telescópio em solo brasileiro, perdendo somente para o observatório do Pico dos Dias, em Brasópolis (MG).

ASTEROIDE 10468

Descoberto em 1981, o asteroide 10468 ganhou o nome de Itacuruba durante o congresso científico "Asteroids, Comets, Meteors – ACM", no Uruguai, como uma homenagem "aos moradores da cidade" onde se desenvolve o projeto.

"A palavra Itacuruba provém do tupi itakuruba, que significa grão de pedra, seixo. A composição de itá (pedra) e kuruba (grão) nos remete às partículas de asteroides e cometas", ressaltou Antonio Carlos Pavão.

O asteroide está localizado no cinturão principal de asteroides, região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter. Tem um período orbital de 3,58 anos em torno do Sol e um tamanho estimado entre 2 a 5 km de diâmetro.

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