Servidores públicos do HGV paralisam atividades

Protesto exige interdição do bloco G e transferência de atendimento para outros prédios
De Cidades
Publicado em 08/09/2014 às 15:01


Desde a manhã desta segunda-feira (08/09) servidores estaduais e federais não médicos do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife, paralisaram as atividades por tempo indeterminado por causa das condições de trabalho no bloco G da unidade, onde além de rachaduras estão se desprendendo revestimentos das paredes e teto. O atendimento na emergência está mantido e cirurgias programadas do domingo para a segunda foram feitas, conforme os trabalhadores. O ambulatório foi afetado parcialmente. 

"A Secretaria Estadual de Saúde oficialmente não ouviu nem prestou informações aos servidores, tem se comunicado por nota técnica, na qual afirma que não há risco de desabamento do prédio. Mas quem se responsabiliza pela queda de vidraças e pedaços de teto e da parede, que diariamente ameaçam servidores e pacientes?", questionou Tiago Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde (SindSaúde). Segundo ele, parte dos serviços administrativos e de enfermagem ambulatoriais estão sendo mantidos por terceirizados, contratados pelo Estado.

Irineu Messias, do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde e Previdência (Sindsprev), esclarece que os servidores estaduais e federais não estão se negando a trabalhar. Apenas querem prestar serviço em local seguro. "É preciso transferir o atendimento para outros prédios", afirma. Os dois sindicatos vêm denunciando desde julho os problemas do bloco G e já protocolaram a queixa nos Ministérios Públicos do Trabalho e Federal. Também acionaram o Ministério do Trabalho. Querem a interdição do prédio, que abriga o ambulatório, a emergência e o bloco cirúrgico. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), à qual o HGV é vinculado, divulgou nota, informando que "os serviços da unidade estão ocorrendo dentro da normalidade. Até as 10h desta segunda-feira (8/09), foram realizados 110 atendimentos no ambulatório. No bloco cirúrgico, foram feitas sete cirurgias eletivas e duas de urgência".  Ainda conforme a SES, o  atendimento de urgência  está normalizado e a direção do hospital diz que está aberta ao diálogo com os profissionais e sindicalistas. Reforça que "diversos laudos emitidos pelos órgãos de fiscalização competentes garantem a segurança da edificação."

Enquanto, nos próximos seis meses, durarem as obras de reforço estrutural dos blocos A e G e a separação das passarelas que os unem (a solução para o fim das rachaduras)  a Defesa Civil vai monitorar a unidade. De acordo com a secretaria, engenheiros "realizarão inspeções diárias nas áreas do hospital para averiguar a situação predial, prevenindo possíveis desprendimentos de materiais e, garantindo, assim, a segurança de todos dentro do Getúlio Vargas."

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