Pernambuco lança programa de controle e prevenção da chicungunha e da dengue

Ao todo, o Estado vai investir mais de R$ 6,6 milhões na compra de materiais, insumos e na capacitação dos profissionais para controle da doença
Do JC Online
Publicado em 19/11/2014 às 11:33
Ao todo, o Estado vai investir mais de R$ 6,6 milhões na compra de materiais, insumos e na capacitação dos profissionais para controle da doença Foto: Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP


A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) divulgou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (19) detalhes dos procedimentos tomados pelo Estado no controle e tratamento dos casos da febre Chicungunha e da dengue. As doenças, que são transmitadas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, já provocaram estado de alerta em 10 capitais. A chicungunha já provoca epidemias em algumas cidades do Brasil. Menos de dois meses após o primeiro caso ser confirmado, a cidade de Feira de Santana, divisa com Pernambuco, já registrou mais de 300 casos da doença.

O Plano de Contingência da Chincungunha e da Dengue será dividido em quatro eixos, que são a vigilância dos casos e controle do vetor, assistência ao paciente, ação e divulgação sobre as doenças e o monitoramento de todas as ações estaduais e municipais. O principal objetivo do plano é diminuir a letalidade da dengue. No caso da chicungunha, que tem índice de mortalidade baixa, a maior preocupação é com as dores causadas pela febre, que podem levar à incapacitação. Em alguns casos, é necessário usar morfina para tratar os pacientes.

Até agora, 666 profissionais de saúde foram capacitados para tratar da doença. A meta da Secretaria de Saúde é de, até o final do ano, capacitar um total de 5 mil profissionais da rede estadual. Ao todo, o Estado vai investir mais de R$ 6,6 milhões na compra de materiais, insumos e na capacitação dos profissionais. A SES também vai custear os leitos necessários para o atendimento da população.

Pernambuco já teve dois casos confirmados da doença. O primeiro deles foi registrado em um recifense que foi infectado na República Dominicana, uma das áreas mais afetadas pela epidemia. O infectado começou a desenvolver a doença no Ceará, onde está sendo tratado. O segundo caso foi de uma moradadora de Petrolina, Sertão pernambucano, que contraiu a doença em Feira de Santana, na Bahia. Outros oito casos foram descartados e quatro estão em investigação.

Os principais locais no Estado onde foram identificados índices de infestação já estão sendo monitorados. Na Região Metropolitana do Recife, Camaragibe e Glória do Goitá estão entre as áreas de risco. "Sentindo algum dos sintomas das doenças, a população pode procurar os postos de saúde, policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento para um primeiro atendimento. Em casos mais graves, esses serviços terão unidades de referência para encaminhar o paciente", informou a coordenadora do programa, Claudenice Pontes.

Os casos mais graves da dengue e da chicungunha serão tratados nos hospitais Agamenon Magalhães, Dom Helder, Mestre Vitalino, Barão de Lucena, Getúlio Vargas, Otávio de Freitas, Oswaldo Cruz, Ruy de Barros Correia, Fernando Bezerra Dom Moura, Regional de Palmares e no Hospital das Clínicas.

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