Técnicos do Centro de Controle e Combate a Doenças dos Estados Unidos chegarão ao Brasil no dia 11 de fevereiro para definir um cronograma para o combate ao vírus Zika, informou nesta quinta-feira (3) o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em viagem a Montevidéu.
A cooperação entre os dois países foi acertada entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Houve também entendimentos entre o ministro brasileiro e a secretária de Saúde americana, Sylvia Burbell.
“O Brasil está tomando medidas efetivas em várias frentes. Uma delas, que é a mais importante para o futuro, é uma parceria com vários laboratórios para o desenvolvimento da vacina”, disse Castro.
O ministro foi a Montevidéu para a reunião de ministros da Saúde do Mercosul e de outros países da América Latina, como México, Colômbia, Peru, Suriname e Venezuela.
A questão do vírus Zika no Brasil está “sob controle”, disse Castro, reafirmando que, apesar da redução de gastos do governo, não faltará dinheiro para o combate à doença.
Ele voltou a afirmar que a principal frente de combate “imediata” contra o vírus continua a ser “a união dos esforços” para a eliminação dos locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Em sua apresentação no encontro, Castro anunciou que o Brasil fornecerá treinamento a agentes de saúde do Mercosul, para que possam fazer um diagnóstico mais rápido da contaminação pelo vírus Zika, com procedimentos desenvolvidos por especialistas brasileiros.
"Temos o desafio de reforçar o sistema de vigilância na região. Para isso, o Brasil quer compartilhar a sua experiência e receber equipes interessadas neste conhecimento”, disse o ministro.
O Brasil confirmou 17 casos de microcefalia e/ou anomalias do sistema nervoso central relacionados ao vírus Zika, entre os 404 casos registrados. Ainda estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais de Saúde 3.670 casos suspeitos de microcefalia, de acordo com boletim divulgado ontem (2) pelo ministério.