O Recife confirma a primeira morte por arbovirose do ano em Pernambuco. A vítima é uma adolescente de 12 anos, moradora de Água Fria, bairro da Zona Norte da cidade. Segundo a Secretaria de Saúde da capital (Sesau), ela começou a apresentar febre, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo no dia 24 de abril e faleceu quatro dias depois num hospital particular. O trabalho de investigação do óbito confirmou a infecção pelo vírus da dengue tipo 1. O bairro onde a vítima residia é um dos dez, no município, com maior número de pessoas que provavelmente adoeceram por dengue, chicungunha ou zika, segundo boletim da Sesau.
Até o último dia 15 de junho, o Recife teve notificação de 10 óbitos - o mesmo número de todo o ano passado. Entre esses registros, além da morte da adolescente, há mais seis em investigação e outras três foram descartadas. “Todo o óbito chama a nossa atenção porque se trata de um evento que exige maior vigilância das arboviroses, além da análise da gravidade e complexidade da doença”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica do Recife, Natália Barros.
Ela acrescenta que a confirmação da primeira morte por arbovirose coincide com um cenário de ascensão dos adoecimentos no Recife. “Desde a 15ª semana epidemiológica do ano, observamos um aumento de casos além do esperado para o período. Continuamos as ações de combate ao mosquito e vamos intensificar cada vez mais, especialmente se esse crescimento de casos se tornar uma epidemia sustentada.”
Atualmente, Recife tem o registro de 2.029 casos de pessoas que adoeceram com sintomas de arboviroses: 1.717 foram suspeitas dengue, 255 de chicungunha e 57 de zika. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 14,2% dos casos notificados.