O processo de transformar argila em cerâmica normalmente une pessoas. Para compreender a natureza do barro e saber como ele se comporta em altas temperaturas, é preciso estar em contato constante com especialistas no assunto. Mestres oleiros, artistas ou artesãos. Sem eles, não dá liga, o barro racha, o vidro estoura. Apesar do aspecto agregador do trabalho, há poucas exposições coletivas de ceramistas no Brasil.
No Recife, por exemplo, é a primeira vez que acontece uma dedicada à produção contemporânea. A mostra Arte cerâmica pernambucana, com curadoria de Laurindo Pontes e produção de Tactiana Braga, em abertura hoje, às 19h, no Centro Cultural Correios, trazendo obras de oito artistas.
Receberam o convite Ângela Poluzzi, Christina Machado, Ferreira, Miguel dos Santos, Rinaldo e Tiago Morim. Além deles, a ceramista Anneliese Poluzzi, que ganhou uma sala especial onde se pode ver o pioneirismo de cerâmicas experimentais, das décadas de 1970 e 1980; e o homenageado Francisco Brennand, com a escultura O rapto de Helena. O que os une, além da técnica ceramista, é o fato de mostrarem posicionamentos dos artistas diante de diferentes questões do mundo contemporâneo.
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