Há séculos a natureza do tempo tem sido objeto de debates entre cientistas e filósofos. Antes mesmo da revolução relativista de Einstein, os Incas já entendiam o tempo e o espaço como uma unidade chamada “pacha” – um antecedente do conceito moderno de espaçotempo. Posteriormente, no final da década de 1940, o matemático Kurt Gödel propôs uma teoria em que o fluxo do tempo é uma ilusão, apenas um modo de perceber a realidade.
Mesmo com tantos modelos e estudos, o tempo ainda nos é uma abstração que não podemos apontar ou quantificar precisamente. Inaugurada hoje às 19h no Museu Murillo La Greca e em cartaz até 28 de março, a exposição Em Espera se desdobra sobre o tema da espera, a “perda” de tempo e ainda brinca com o limiar de nossa experiência cotidiana do “tempo que passa”.
São 22 obras de diferentes artistas. “Comecei a perceber que essa questão de ter que esperar para acontecer alguma coisa, ou uma situação de falência, de fim anunciado passava pela obra desses artistas. Pensei como articular esses artistas que já tinha listado com esse assunto em comum em seu trabalho e comecei a desenhar melhor os conceitos da mostra”, diz o curador paulistano Douglas de Freitas.