O presidente da Sony, Kazuo Hirai, agradeceu nesta segunda-feira aos sócios que apoiaram seu grupo e permitiram a estreia do filme "A Entrevista", abalado por um ciberataque no fim de novembro contra os estúdios Sony Pictures.
"A liberdade de palavra, a liberdade de expressão, a liberdade de associação são bases importantes da Sony e da nossa indústria de entretenimento", disse em uma coletiva de imprensa na véspera do início da mostra internacional de eletrônica (CES-2015).
"Estamos orgulhosos dos sócios que se uniram contra os esforços de extorsão dos criminosos que atacaram a Sony", acrescentou Hirai, que se manifestava pela primeira vez em público desde o ocorrido.
Depois de um importante ataque informático no fim de novembro, a Sony Pictures cancelou em um primeiro momento a estreia do filme "A Entrevista", que conta uma tentativa de assassinato do líder norte-coreano Kim Jong-Un por parte da CIA. Os hackers ameaçaram na época realizar atentados nas salas de cinema.
O filme agora é projetado em 580 salas independentes dos Estados Unidos e está disponível em várias plataformas de vídeo sob demanda, segundo Hirai.
"Quero agradecer a todos os sócios que permitiram que isso fosse possível; aos meios que apoiaram a estreia, e aos que foram ver o filme", disse.
Os Estados Unidos, que acusam a Coreia do Norte de estar por trás do ciberataque, reforçaram na sexta-feira as sanções contra o país. A Casa Branca advertiu que se tratava da primeira parte de sua resposta à pirataria informática.
A Coreia do Norte, que desmente estar na origem da ação, denunciou com veemência estas medidas e criticou a negativa de Washington de iniciar uma investigação conjunta.