Jafar Panahi ganha Urso de Ouro de melhor filme em Berlim com ''Taxi''

Este é o terceiro filme ''clandestino'' de Panahi, proibido de filmar e de deixar o país. O primeiro foi ''Isto Não É um Filme'', de 2011, seguido por ''Cortinas Fechadas'' (2013)
Do JC Online
Publicado em 14/02/2015 às 17:15
Este é o terceiro filme ''clandestino'' de Panahi, proibido de filmar e de deixar o país. O primeiro foi ''Isto Não É um Filme'', de 2011, seguido por ''Cortinas Fechadas'' (2013) Foto: Foto: Divulgação


SÃO PAULO, SP - O longa "Taxi", do diretor iraniano Jafar Panahi, ganhou neste sábado (14) o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim.

Este é o terceiro filme "clandestino" de Panahi, proibido de filmar e de deixar o país. O primeiro foi "Isto Não É um Filme", de 2011, seguido por "Cortinas Fechadas" (2013).

Sua sobrinha, que estava acompanhada na plateia pela mulher do cineasta, subiu ao palco na premiação para receber o urso pelo tio.

O chileno "El Club", de Pablo Larraín, diretor de "No" (2012), recebeu o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri.

DOBRADINHA - O britânico "45 Years", de Andrew Haigh, rendeu ao casal de atores principais os prêmios de atuação.

O veterano Tom Courtenay, de 77 anos, ganhou o Urso de Prata de Melhor Ator, enquanto Charlotte Rampling recebeu o urso de Melhor Atriz.

No discurso de agradecimento, Rampling lembrou o pai que, em 1936, ganhou medalha de ouro no atletismo nas Olimpíadas de Berlim. Segundo ela, por ser muito competitiva, desde criança queria ganhar alguma coisa em Berlim, e agradeceu ao festival por finalmente ter conseguido.

O prêmio de direção foi dividido entre o romeno Radu Jude, por "Aferim!", e a polonesa Malgorzata Szumowska, por "Body".

Já o Urso de Prata Alfred Bauer, conferido ao filme que abre novas perspectivas, foi para o guatemalteco "Ixcanul", de Jayro Bustamante. O também chileno Patricio Guzmán ganhou o prêmio de Melhor Roteiro por "El Bóton de Nacár".

O Urso de Prata por Contribuição Artística também foi dividido. Pelo uso da câmera ganharam Sturla Brandth Grøvlen, no alemão "Victoria", e Evgeniy Privin e Sergey Mikhalchuk, na coprodução entre Rússia, Ucrânia e Polônia "Pod Electricheskimi Oblakami" ("Under Electric Clouds").

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